Vans escolares pedem para fazer transporte alternativo em Goiânia

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A medida, segundo representantes do setor, amenizaria a grave crise econômica por qual cerca de 10 mil empresários e trabalhadores autônomos enfrentam desde o fechamento de escolas, hotéis e pousadas no Estado e também reduziria a pressão sobre o transporte público na Região Metropolitana. O tema foi discutido hoje em reunião remota realizada pelo Sistema OCB/SESCOOP-GO com lideranças da Cooperativa de Transporte Escolar e Turismo de Goiás (Cooperteg) e Sindiescolar Goiás. Também participaram o deputado federal Lucas Vergílio
(Solidariedade), representante parlamentar do segmento, e o professor Flávio Roberto de Castro, presidente do Conselho Estadual de Educação.

“Há quase dois meses cerca de 10 mil trabalhadores autônomos do transporte escolar e de turismo em Goiás estão sem condições para trabalhar, sem renda alguma, mas arcando com custos mensais, como o financiamento dos veículos com prestações de R$ 2 mil a R$ 3 mil por mês. O socorro do governo federal (auxílio mensal de R$ 600,00) não atende ainda nem 10% de nossa categoria”, afirmou o presidente da Cooperteg, Adilson Humberto de Lellis. Há um projeto em tramitação no Senado, já aprovado pela Câmara dos Deputados, que amplia o universo de
beneficiados do transporte escolar no programa auxílio emergencial de renda mínima do governo federal.

“Podemos amenizar essa situação e ajudar na melhor mobilidade dos trabalhadores, especialmente os da Grande Goiânia, se os governos estadual e municipais autorizarem o transporte alternativo por nossas vans enquanto estivermos com restrições econômicas nos setores da educação e do turismo em Goiás”, defendeu
Adilson Humberto.

Somente na capital existem 338 veículos de transporte escolar registrados na Prefeitura, mas este número deve ser maior porque os dados estão desatualizados, informa a Cooperteg. Um grande problema em Goiânia é a aglomeração de pessoas, a grande maioria trabalhadores, nos terminais e nos ônibus do transporte coletivo.

Ainda existe a determinação do governo de Goiás de que os ônibus não podem transportar passageiros em pé. “As vans escolares e de turismo poderão, de forma temporária, transportar esses passageiros com maior segurança e conforto, seguindo todas as determinações e recomendações das autoridades sanitárias do Estado. Os
governos do Paraná e de Mato Grosso, por exemplo, já autorizaram”, frisou Adilson Humberto.

Presidente do Sistema OCB/SESCOOP-GO, Luís Alberto Pereira afirmou que levará a proposta do setor ao governador Ronaldo Caiado e para o Fórum das Entidades Empresariais de Goiás. “Acredito que é uma reivindicação justa e que também pode ser objeto de convênios com o setor privado, principalmente para o transporte de trabalhadores de polos industriais e da construção civil na Região Metropolitana”, afirmou. O deputado federal Lucas Vergílio também se comprometeu em levar a proposta ao governador de Goiás, além de solicitar ao governo federal uma medida para suspender imediatamente a cobranças de taxas e impostos sobre o transporte escolar e de turismo. “Me comprometo também a preparar um projeto de lei para que possamos promover uma nova regulamentação do setor, que simplifique e modernize a regulamentação”, disse.

O maior desafio para o setor de transporte escolar é que não há nenhuma expectativa de retorno das aulas presenciais nas redes pública e privada de ensino. Segundo o professor Flávio Roberto, do Conselho Estadual de Educação, o setor  educacional deve ser um dos últimos a retomar sua normalidade. “Não sabemos quando e nem como vamos voltar. E, mesmo assim, quando retornarmos com as aulas presenciais, o transporte escolar terá de seguir um rígido protocolo de segurança”, enfatizou.

O presidente da Cooperteg também apresentou outras reivindicações dos trabalhadores e empresários do transporte escolar e de turismo: redução da burocracia e isenção temporária da cobrança de taxas e de impostos sobre o segmento; dilatação dos prazos de pagamento dos financiamentos de veículos, com prazo de carência de seis meses, sem aumento dos juros; e linhas de crédito especiais para capital de giro. “A Goiás Fomento sinalizou que tem recursos para nos atender, mas é preciso maior celeridade para que isso se torne realidade e também que as demais instituições financeiras sejam flexíveis com o nosso setor”, pediu Adilson Humberto.

Crédito da imagem: Reprodução

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