No Brasil, 50% das encomendas chegam com atraso

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O mercado logístico brasileiro tem números invejáveis, assim como o comércio exterior. Mas, o mais recente deles, é vergonhoso e depõe contra nossa economia e nossa inteligência de mercado. Segundo levantamento da Synapscom, para cada 1.000 pedidos, 50% chega fora do prazo solicitado pelo cliente. É um número muito relevante, pois mostra um gargalo antigo, mas pouco efetivamente enfrentado pelos governos, e cobra uma séria e rápida mudança.

Estruturado em todas as etapas, do transporte, armazenagem, estoque à serviços administrativos, não era para ter um resultado tão desastroso. No entanto, os entraves ocorrem em todas as áreas deste sistema – além das significativas intervenções burocráticas dos órgãos públicos.

É bom destacar a força deste setor. Segundo estudo do ILos (Instituto de Logística e Supply Chain), o setor é responsável por 12,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Quando o setor de transporte e armazenagem parou, o País quase entrou em colapso – só para dar noção da sua importância.

No entanto, o Brasil acumula muitos problemas como, falta de transparência nos processos, excesso de tributação e normas de desembaraço alfandegário, atraso e extravio de mercadorias, além de infraestrutura precária.

O atraso nas entregas é um gargalo que leva a outros problemas operacionais. As empresas precisam trabalhar com estoques maiores, que requer investimento maior para não perder o cliente, além de quebra de confiança com o consumidor. É preciso otimizar processos, introduzir tecnologia e inovação, monitoramento e ampliar os modais de infraestrutura. É um desafio que o País não pode mais se omitir.

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