Liderança disruptiva

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Tudo começou em 2009, estavam lá Garett Camp e Travis Kalanick tentando retornar para o hotel e frente a enorme dificuldade para encontrar um táxi, pensaram num incrível serviço de transporte. E assim a Uber Technologies Inc. nasceu no ano de 2010 em São Francisco – EUA.

Estava pronta uma maneira revolucionária de se movimentar nas cidades. Mais que isso, nascia um modelo de liderança que vai dar no que falar e você já usa e aprova. Sim, basta encerrar a viagem, descer do carro e uma mensagem chega imediatamente ao seu celular. A famosa avaliação do motorista com cinco estrelinhas, alguns comentários optativos e recentemente com a possibilidade de atender a um desejo seu de acrescentar mais dinheiro ao valor cobrado.

Agora, imagine que numa tarde estranha para o motorista, ele recebe três avaliações ruins. Provavelmente, o aplicativo deixaria de enviar viagens para que ele atendesse. Note que o motorista, nesse momento, está sozinho, frente a um resultado que lhe é apresentado por um aplicativo e deve saber que algumas mudanças devem ser implementadas. Caso ele não as faça, será penalizado novamente no futuro e será desligado do quadro de motoristas da UBER.

Perceba que ninguém sentou à sua frente e desenvolveu um papo motivador ou lhe deu um feedback para que ele mudasse. Isso não acontece mais com os motoristas da UBER, pois a liderança agora é exercida por um resultado apontado por um aplicativo e a única ferramenta de ajuda que o motorista dispõe é a auto liderança. Desaparece aqui o líder tradicional. Você já consegue fazer isso na sua empresa?

João Sóler é CEO do Instituto Manzi e colunista fixo do site Brasília Empresas.

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