Bem-vindo! Posso ajudar? Do que precisa? Qualquer coisa estou à disposição! Essas são algumas das frases mais ouvidas pelos consumidores ao entrar em uma loja. Os emissores das mensagens estão sempre com um sorriso no rosto e dispostos a atender bem, os vendedores. Profissionais presentes em nosso dia a dia e nos mais variados tipos de comércios e locais. A profissão se destaca tanto que tem um data própria, o Dia do Vendedor, celebrado nesta quinta-feira, 1 de outubro.
Pesquisa realizada pela rede social de negócios LinkedIn e divulgada em julho, aponta que para 89% dos compradores, os profissionais de vendas do Brasil têm uma reputação positiva, sendo que 49% a descrevem como muito positiva. Por sua vez, 63% dos profissionais consideraram uma relação de confiança como um dos principais fatores que ajudam a fechar uma venda. No entanto, outro ponto que garante o sucesso do profissional é o prazer em trabalhar.
É o que ressalta a vendedora Maria Hilário Emiliano, de 38 anos, há nove na área. “O que mais gosto é ver a pessoa sair feliz, saber que ajudei a sair satisfeita. Principalmente na minha área. Atendo gestantes que muitas vezes chegam aqui com a autoestima baixa e saem alegres”, conta ela que trabalha há sete anos na loja Cintura Fina, do Estação da Moda Shopping, em Goiânia.
O início com vendas foi como autônoma. “Sempre fui caixa de supermercado, mas precisei sair para cuidar do meu filho que era pequeno e então fui vender roupas e lingeries por conta própria”, relembra ela, que atuou por dois anos dessa maneira, até chegar ao atual emprego. “Minha filha fazia freelance em uma banca na Feira da Lua, um dia fui ficar no lugar dela e a patroa gostou do meu desempenho e me convidou para trabalhar na loja do Estação da Moda”, relembra.
Maria Hilário conta que a profissão tem suas dificuldades, pois lidar com pessoas nem sempre é fácil. “Tem clientes que são mais complicados, não estão em um bom dia, mas temos que saber contornar a situação”, diz ela, que não se vê trabalhando com outra coisa e dá dica para quem quer ser vendedor. “Tudo que a gente começa e faz com amor flui, é difícil, mas vale a pena”, salienta a profissional.
Exemplo de sucesso
Por sua vez, Cláudio Cristiano de Carvalho, de 49 anos, conta que trabalhava como office-boy em uma loja de roupas e se encantou com a forma que um dos vendedores do local atendia aos clientes e isso despertou o desejo em seguir a profissão. “Quando surgiu uma vaga eu me candidatei e na época eram os vendedores que ensinavam aos novatos, então pedi para ele me orientar. Depois até competíamos para ver quem ficava em primeiro lugar em vendas”, relembra sobre o início, há 33 anos.
De lá para cá, além de roupas, ele também já atuou como vendedor de eletrodomésticos e também com imóveis, função que ainda exerce paralelamente, pois hoje Cláudio é proprietário da loja Emporium 33, no Estação da Moda Shopping, onde vende roupas e acessórios femininos, além de cosméticos. “Não tive muitas dificuldades com a profissão. Quando vendia eletroeletrônicos era mais complexo, mas eu tinha o hábito de ler o manual, a maioria dos vendedores não faz isso, mas acho importante conhecer o produto”, ressalta.
Um ponto pouco falado, mas que o profissional destaca é o relacionamento com os clientes após a conclusão do negócio. “Eu gosto do pós-venda também. Saber se a pessoa gostou, falar das novidades, fazer o cliente se sentir importante, pois afinal quem paga a conta são eles”, destaca o vendedor. “Sou apaixonado pela profissão. Gosto de interagir com as pessoas, de conversar”, salienta ele, que já está passando os ensinamentos e dicas para o casal de filhos, os quais o ajudam com suas lojas.
Cláudio também dá dicas para quem está começando a seguir essa profissão. “Se espelhe em alguém. Tenha determinação e trace um objetivo e metas, até porque vivemos de comissão e temos de fazer nosso salário todo dia. Trabalhar com vendas dá muitas oportunidades, pois existem diversas áreas e cargos”, destaca.