Os melhores e piores investimentos de 2019

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** Por Thomaz Antônio Pompeo de Pina

Investir o seu dinheiro pode ter sido um grande desafio para você em 2019. Neste ano, o Banco Central (BC) diminuiu drasticamente os juros básicos da economia e a taxa Selic alcançou o menor nível desde 1986. Esta medida beneficia diversas pessoas, físicas ou jurídicas, que têm algum tipo de dívida, mas por outro lado reduz o retorno sobre o investimento em renda fixa.

Devemos encerrar o ano com a Selic em 4,5% ao ano. Assim, aquele investidor mais conservador que aplica no Tesouro Direto ou, aquele que vai para o mercado de crédito privado, tem se deparado com uma baixa valorização de seus investimentos, principalmente se a aplicação for de curto prazo.

Para a bolsa de valores, ações de grandes companhias perderam grande valor em 2019. A Braskem (petroquímica da Odebrecht) viu seu valor de mercado despencar 45,11%, assim como os papéis da siderúrgica Usiminas e da adquirente de cartões Cielo, que desvalorizaram 21,95% e 16,2% respectivamente. No lado do câmbio, o dólar até outubro valorizava somente 3,47%.

O destaque positivo de 2019, entre os meses de janeiro a outubro, esteve nos títulos do tesouro de longo prazo, que acumulam valorização acima de 30% (IPCA+2035). No mercado de ações, chamam atenção os papéis da Qualicorp (plano de saúde) com +185%, JBS (proteína animal) com +138% e Magazine Luiza (varejo) com +127%.

Tal contexto impactou muito o perfil do investidor e do profissional de investimentos no Brasil. A Renda Fixa ainda tem o seu lugar, não há dúvidas sobre a segurança de tais papéis. Porém, para os que buscam uma rentabilidade melhor, a opção é aceitar riscos maiores: investimentos com volatilidades maiores, especialmente o mercado de renda variável, como ações e fundos imobiliários.

Para a escolha de ações, uma boa dica é acompanhar as recomendações das corretoras. A Guide Investimentos, por exemplo, apresenta a carteira Top Picks, composta por dez ações que apresentaram rendimento 37,1% até outubro de 2019, contra 22% do índice Ibovespa. Outra alternativa é aplicar em fundos de ações, como o “Equitas Selection FIC FIA” que alcançou 44,03% de rendimento no mesmo período. Não custa lembrar que rentabilidade passada não traz qualquer garantia de retornos positivos no futuro.

Para perfis mais conservadores ou que estão no início de sua jornada como investidores, os fundos Multimercado podem ser uma opção, como o OCCAM Retorno Absoluto FIC FIM com retorno absoluto de 19,12% no período. Vale destacar o rendimento do ouro (+28,38%), lembrando que este tipo de investimento é possível por meio de fundos de investimentos, sem ter que comprar o metal propriamente dito.

Compreender as possibilidades de investir seu dinheiro é sempre apostar em ganhar mais. A poupança continua desqualificada como forma de investimento, uma vez, que ainda há opções mais rentáveis no Brasil, com segurança e liquidez. 2020 vem com possibilidades tanto para quem opta por sair da zona de conforto como para quem prefere aplicações financeiras mais estáveis. Qual é o seu perfil?

Thomaz Antônio Pompeo de Pina é presidente e assessor da Total Investimentos. Administrador de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), MBA em Finanças e Análise de Investimentos (FGV), possui Certificação de Especialistas em Investimentos ANBIMA e Certificação de Agente Autônomo de Investimento pela ANCORD.

 

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