A indústria do turismo precisa ser compreendida e respeitada pelo que entrega de resultados, gera de empregos e impostos e por como é capaz de transformar diversos destinos de nosso país em grandes potências. Está na hora de sobrelevar a distância entre o potencial do turismo no Brasil e a realidade.
O setor é um dos mais relevantes da economia nacional e vem retomando seu crescimento gradualmente, acelerado não só pela determinação incansável de suas entidades, mas pelo apoio do Ministério do Turismo (MTur), Embratur, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Sistema S e empresariado. Este trabalho conjunto precisa render ações positivas e medidas prioritárias capazes de destravar gargalos e criar oportunidades.
É um setor que passou pela crise e, apesar dos percalços, continuou investindo, gerando e distribuindo riquezas. Um estudo do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) mostra que o turismo responde por 7,9% do PIB brasileiro, responsável por mais de 6,59 milhões de emprego (dados de 2017). A previsão é chegar a 8,2% do PIB do País até 2028. Em valores atualizados, injetou no Brasil mais de R$ 600 bilhões. A conta é feita em bilhões e, mesmo em crise, representa um crescimento absoluto de 7% em relação ao ano anterior.
É importante destacar que os dados fazem parte do estudo econômico elaborado pela Oxford Economic para o WTTC, principal consultoria independente do setor no mundo. A posição brasileira, pelo tamanho de seu potencial, é pífia: 117ª posição, quando avaliada a contribuição do setor para o PIB no último ano.
Goiás participa timidamente da grande indústria brasileira do turismo. Poderia ser maior, mas o setor ainda patina em várias iniciativas. Divulgação, investimentos e capacitação, entre outros indicadores, estão aquém do necessário. Alguns roteiros goianos, entre eles Cidade de Goiás, Pirenópolis, Goiânia, Trindade, Caldas Novas, Chapada dos Veadeiros e Rio Quente, podem e devem ser melhores explorados para conseguir transformar a participação do Estado no cenário do turismo nacional.
O Estado de Goiás foi contemplado com duas rotas turísticas através do Programa Investe Turismo do Sebrae, Embratur e MTur, sendo uma que abrange Pirenópolis, Cidade de Goiás e Goiânia e outra na região da Chapada dos Veadeiros, incluindo Alto Paraíso e Cavalcante. Estas rotas estão sendo trabalhadas em 4 eixos, visando transformá-las em destinos turísticos inteligentes, através da governança, tecnologia, sustentabilidade e promoção de experiências. A meta é também atingir o mercado internacional – acelerando o desenvolvimento, gerando empregos e transformando destinos.
É preciso que se debata mais o turismo no Estado, que os órgãos governamentais escutem às demandas do Trade e coloquem em prática as ações para transformar a identidade a fim de que possamos usufruir de todo nosso potencial turístico.