Isolamento social reforça a vontade de mudar/trocar de imóvel

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Ficar em casa. Este tem sido o principal direcionamento desde o início da pandemia da Covid-19 em todo o mundo. As rotinas atribuladas e o pouco tempo para o convívio em casa deram lugar a uma mudança brusca do dia a dia e ao isolamento social. Esse cenário trouxe uma nova relação com o ambiente caseiro. O conforto e o aconchego passaram a ser itens indispensáveis considerados pelas famílias, que começam a sonhar e a planejar um novo imóvel para abrigar um lar que ofereça maior qualidade de vida para todos.

Um quarto a mais, um espaço para abrigar o home office, mais iluminação e ventilação, uma área externa, ou até mesmo um imóvel menor, dentro das necessidades percebidas pelo atual cenário. O momento combina também com a baixa taxa de juros, que sinaliza mais queda, e as condições facilidades de financiamentos imobiliários pelas instituições financeiras.

O publicitário Frederico da Silva Alencar, 28 anos, e seu companheiro, Lukas Franco, se viram em um ambiente literalmente justo neste momento de pandemia. As mudanças bruscas causadas pelo isolamento social anteciparam a mudança planejada para os próximos meses para home office e tornaram o lar mais apertado, trazendo à tona algumas necessidades antes não percebidas pelo casal, que tem ainda um cachorro. O apartamento possui apenas um quarto, sem varanda.

Com a pandemia da Covid-19, o publicitário acelerou a organização do home office para um canto improvisado do quarto e teve que rever todos os ambientes. “Tem a nossa cara, nosso jeito, nos sentimos realmente em casa, mas só ficávamos em casa à noite e aos finais de semana, o que deixava o local perfeito e adequado ao tamanho da família, até o momento”.

A iluminação também precisou ser repensada para este novo ambiente, espaço para celular, papelaria e tudo para executar o trabalho. O novo espaço teve que ser revezado com o companheiro, que também está de home office. “Incorporamos novos problemas que antes não tínhamos. É preciso ocupar outros locais, como sofá, mesa da sala. Conforto não é algo que temos tido ultimamente”, observa, concluindo que o imóvel escolhido pelo casal, mais compacto e de administração e limpeza mais fáceis, tornou-se uma preocupação diante do futuro, das incertezas do amanhã diante do atual cenário e de um home office permanente. “Estamos repensando nosso futuro lar com este momento, talvez em uma casa maior, com quintal e jardim, que também possibilitará ter mais cachorros”, comenta.

Bem estar

De acordo com a psicóloga clínica e consteladora familiar, Rosângela Montefusco, a referência de lar geralmente é um local onde a pessoa se sente segura, protegida, acolhida e amada. Enquanto ambiente físico construído, a casa é uma extensão do sentimento dessas pessoas e serve para protegê-las, acolher, dar aconchego, gerar bem-estar, tenha como base a simplicidade, sendo aqui um modo de vida daquelas que se ocupam mais com o próximo do que com o ambiente, que deve conter elementos que ativem todos os meus sentidos, como visão, audição, olfato e tato. “Então, que tenha textura, cores quentes e apropriadas para cada ambiente, iluminação favorável, integração com o dia e a luz da noite, composto por espécies naturais, como flores e verde, que dão um tom de humanidade nas pessoas que vivem ali o ambiente”, pontua Montefusco.

Momento ideal

O momento vai de encontro também à atual conjuntura econômica proporcionada ao setor imobiliário: baixa taxa de juros, que sinaliza mais queda, e as condições facilidades de financiamentos habitacionais pelas instituições financeiras. De acordo com o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Roberto Elias, a situação propicia ao indivíduo apurar melhor suas necessidades de conforto, de bem estar e de desejar um ambiente com mais espaço, melhor iluminação, ventilação. “Ele percebe que está morando bem e vai idealizar um imóvel melhor, que atenda às suas necessidades e desejos”, explica.

Roberto ressalta que o papel do mercado é tentar oferecer o que o cliente deseja. Um exemplo de tendência atual é dispor de um espaço próprio para dedicar aos negócios. “Hoje temos vários empreendimentos que preenchem esses e outros requisitos. Inclusive um ponto de destaque é a varanda gourmet, que se tornou um ponto de fazer lives. Se tornou um cômodo coringa do apartamento, além de contar com ventilação e iluminação para trabalhar também”, exemplifica.

Neste momento, o presidente da Ademi destaca que é possível começar o sonho da casa própria e que planejamento e pesquisa de imóveis são perfeitos para o período do distanciamento. Para quem já possui recursos, o atual cenário imobiliário com juros baixos, financiamentos facilitados e sem burocracia colaboram para o cenário ideal para a concretização deste plano. “A combinação de oferta de imóveis com preço atrativo, perspectiva de alta nos preços e taxas de juros baixas sinalizam, mais do que nunca, que este é o melhor momento para se investir em imóveis. Seja para realizar o sonho da casa própria, seja para investimentos. Este é o momento ideal para escolher com calma, com critérios e ponderações de acordo com as suas finanças”, observa.

O mercado goiano dispõe de um bom estoque de imóveis prontos ou em lançamento e o preço continua bastante atraente, principalmente quando comparado às demais capitais do país. “Quem adquire hoje vai fazer um financiamento de 30 anos com essa taxa de juros. Hoje temos até mesmo financiamento com taxas de juros fixas sem correção. Um conforto para quem está comprando algo e que saberá hoje quanto irá pagar ao final do contrato. Sem surpresas no final”, observa. “A crise vai passar. A expectativa é que nos próximos meses todo o caos da pandemia se dissipe”, completa.

** Na foto: O publicitário Frederico da Silva Alencar, 28 anos, e seu companheiro, Lukas Franco (Divulgação)

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