Goianos investem em automação residencial na busca pelo conforto

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Casa precisa ser sinônimo de conforto. Esse é o lema de arquitetos e decoradores que vêm tratando a automação como um conceito chave em seus projetos. E a definição de conforto nesse caso vai muito além do combo luz natural, mobiliário aconchegante e harmonia visual entre formas, volumes e texturas. Agora, o morador quer abrir os armários da cozinha sem precisar levantar os braços. Quer chegar em casa e ter a banheira pronta, com água aquecida e música ambiente. Quer se esquecer dos interruptores, controlando toda a iluminação a partir de um único controle portátil. Com a automação, tudo isso já é possível.

O sistema, que usa a tecnologia para facilitar, tornando automáticas algumas tarefas habituais como fechar a persiana, acender a luz de um ambiente ou desligar o ar-condicionado, vem aproximando as pessoas do conceito casa inteligente e resgatando a ideia da internet das coisas – termo criado na década de 1990 e que antevia, em tom de ficção científica, a conexão e a autonomia dos objetos. Hoje, o que parecia brincadeira, aparece naturalmente nos projetos de arquitetura que, por meio de sensores de presença, temporizadores ou até um simples toque no controle remoto traz praticidade, economia e conforto para o morador.

Enquanto as luzes da casa são ligadas por sensores de movimento, as da área aberta acendem quando o dono, ainda no trabalho, aciona o comando pelo tablet. Ao detectar chuva, o próprio sistema checa sua intensidade e decide se deve ou não fechar as janelas. Quando a umidade do ar está baixa, é possível recorrer, pelo celular, ao umidificador. Já nos dias mais quentes, a própria automação entende a necessidade de refrescar o apartamento e coloca o ar-condicionado para funcionar. Antes mesmo de entrar na garagem, um toque no smartwatch liga a sauna, diminui a temperatura do freezer que está gelando a bebida e coloca para tocar a música preferida de quem vai chegar. As possibilidades são infinitas.

“Temos no mercado tanto pacotes mais simples como aqueles super completos, nos quais o morador pode fazer absolutamente tudo pelo iPad ou por uma tela que fica na porta de entrada da casa e traz um resumo de todas as funções”, conta a arquiteta Alyne Dourado. Nas residências pensadas por ela, a automação está presente principalmente na iluminação, climatização, áudio e vídeo. “Por conta dos decorados das incorporadoras e dos showrooms das lojas, hoje o consumidor consegue visualizar, de fato, a praticidade do sistema. Entendê-lo e olhar pra ele sem achar que é uma coisa de outro mundo, inalcançável financeiramente falando”, explica, referindo-se a um custo que varia entre R$ 5 mil e R$ 50 mil.

Experiências pré-programadas

A automação da iluminação é vista como um divisor de águas pelo consultor Rubens Ribas. Trabalhando com combinações luminosas pré-programadas para diferentes ocasiões, ele conta que durante muito tempo o arquiteto ou responsável pela parte luminotécnica pensava o projeto e o efeito que cada luminária causaria, sozinha e em conjunto, mas não conseguia garantir que o morador usaria a mistura no dia a dia. “O cliente tinha de decorar uma combinação muitas vezes complicada e ficar ligando e desligando os interruptores específicos para criar a ambientação de cada ocasião. Automatizando, entregamos pra ele situações prontas”, pontua.

Na prática, pelo tablet, celular ou por meio de um teclado instalado em uma parede estratégica da casa, é possível escolher situações como jantar, leitura, relaxamento, festa e assim por diante. “É um controle automático e altamente intuitivo, o que facilita muito porque a maioria das pessoas percebe a diferença de uma iluminação previamente pensada, também chamada cena ou cenário, mas não consegue identificar quais as luminárias, os tipos de lâmpadas e a intensidade de luz que criou aquela experiência. Quando o profissional entrega tudo pronto, com um sistema automatizado, ganha-se muito em questão de conforto”, explica. Ele lembra que, em alguns dispositivos, o próprio cliente consegue configurar essas cenas a seu gosto, acioná-las remotamente e agendar para serem iniciadas em determinado horário.

As informações são do Jornal O Popular 

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