Estratégia, blefe ou jogo fraco?

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Números não enganam. O comércio internacional desacelerou nestes últimos meses, mas, o resultado parcial de outubro revela o tamanho do desaquecimento: tombo de 15,7% nas exportações e balança comercial com saldo de US$ 375 milhões no País. É passageiro? Sim, mas compromete setores estratégicos, que, em seu planejamento, não previam uma freada brusca no meio do semestre.

Os dados são da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia (Secint/ME) e remetem a primeira semana de outubro, mas refletem o comportamento retracionista do comércio exterior nos últimos meses. No ano, as exportações somam US$ 170,563 bilhões e as importações, US$ 136,570 bilhões, com saldo positivo de US$ 33,993 bilhões e corrente de comércio de US$ 307,133 bilhões.

Mas os números ruins não são recentes. Já acumulam há alguns meses e especialistas preveem que vão durar neste resto de ano e em todo 2020. São estes reflexos da desaceleração da economia internacional e do enfraquecimento do mercado interno.

O ritmo lento de compra e venda de produtos no Brasil e no mundo preocupa. A guerra comercial China e Estados Unidos, mesmo que arrefecida, trará reflexos de média a longo prazo no mundo comercial. Não é só que os players estão desconfiados, a liquidez está mais baixa e não se sabe até que hora é uma jogada “séria” ou um blefe de um dos lados.

Os números brasileiros até a primeira semana de outubro são: Nas exportações, comparadas as médias diárias até a primeira semana de outubro deste ano (US$ 839,3 milhões) com a de outubro de 2018 (US$ 995,3 milhões), houve queda de 15,7%, em razão da diminuição nas vendas de produtos manufaturados (-26,6%, de US$ 344,8 milhões para US$ 253,2 milhões).

Na ponta das importações, a média diária até a primeira semana de outubro de 2019, de US$ 745,5 milhões, ficou 1,8% acima da média de outubro de 2018 (US$ 732,1 milhões). Nesse comparativo, cresceram os gastos, principalmente, com aeronaves e peças (+61,6%), equipamentos mecânicos (+26,8%), siderúrgicos (+25,7%), equipamentos eletroeletrônicos (+19,3%) e veículos automóveis e partes (+2,3%).

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