Dia Mundial do Diabetes: Falta de informação mata o coração

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A saúde do coração requer cuidados a todo momento, mas o alerta se dá principalmente em quem sofre de diabetes mellitus tipo 2 e alteração no nível de glicemia. 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes e o que pouca gente sabe é que um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares é o diabetes. A doença está relacionada ao infarto, ao acidente vascular cerebral (AVC), ao entupimento de artérias e à formação de aneurismas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que em torno de 422 milhões de adultos estão com diabetes no mundo. Desse total, cerca de 90% dos diabéticos têm o tipo 2 da doença, ou seja, mais de 370 milhões de pessoas têm o diabetes tipo 2 no mundo.

Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), indicam que cerca de 13 milhões de brasileiros sofrem com a doença, o que representa 6,9% da população. O risco de ocorrência de infarto em diabéticos é até quatro vezes maior. De acordo com a Associação Americana do Coração, pelo menos 68% das pessoas com 65 anos ou mais com diabetes morrem de algum tipo de doença cardíaca.

A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (AHPACEG) possui hospitais associados que são capazes de oferecer a atenção especial que o diabetes merece, como o Hospital do Coração Anis Rassi (HCAR).

Conforme explica a endocrinologia do HCAR, Henriqueta Issler Marsiaj, existe relação direta entre diabetes e infarto, já que a sobrecarga de açúcar no sangue é um grande aliado para o entupimento das artérias. “O diabetes resulta num descontrole nos níveis de açúcar no sangue, que, juntamente com a incapacidade de produzir e usar insulina, gera um estado de inflamação. Esse quadro favorece o surgimento de placas de gordura, aumento do colesterol ruim e outras substâncias nas paredes das artérias, restringindo o fluxo sanguíneo”, resume.

“Além disso, o diabetes tipo 2 está ligado à obesidade, cuja consequência é o acúmulo de excesso de gorduras no corpo, aumento de hipertensão arterial e de outros fatores inflamatórios, multiplicando as chances para o surgimento das doenças cardiovasculares”, completa Henriqueta.

De acordo com a médica a falta de informação relacionada a doença mata o coração. “Estamos falando da principal causa de morte no Brasil e no mundo. É um assunto de saúde pública”, alerta. Quando se é detectado com diabetes tipo 2, a regra primordial para todos os pacientes é manter os níveis de glicose no sangue controlados, bem como de todos os outros fatores de risco, que são hipertensão arterial, colesterol elevado, tabagismo, sedentarismo e obesidade.

A doença 

A endocrinologia do Hospital do Coração Anis Rassi (HCAR), Henriqueta Issler Marsiaj, esclarece que o diabetes aparece quando o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina, hormônio responsável por facilitar a entrada de glicose nas células. “Sem ela, o açúcar não chega ao destino correto e permanece na corrente sanguínea”, afirma.

Conhecido por desequilibrar os níveis de açúcar no sangue, o diabetes é uma doença crônica que se caracteriza pela incapacidade de produzir insulina – hormônio essencial para o controle do açúcar – ou por uma disfunção que não permite ao organismo usar a substância de uma maneira adequada.

“Enquanto o tipo 1 consiste num defeito imunológico genético que reduz a produção de insulina pelo pâncreas e é diagnosticado principalmente durante a infância e a adolescência, o tipo 2 costuma estar relacionado a maus hábitos de vida, como o excesso de peso e o sedentarismo, apesar de também se associar ao histórico familiar do paciente”, compara.

Embora não tenha cura, o diabetes pode ser tratado e controlado. Após análise do quadro, em geral, o portador do mal é aconselhado pelo médico a adotar hábitos de vida mais saudáveis e também pode ter de recorrer a medicamentos que auxiliam no controle do açúcar no sangue.

Outros problemas já mencionados que devem ser tratados com rigor são:

Hipertensão

A pressão arterial elevada já é constatada como um importante fator de risco para problema do coração. Estudos relatam uma associação positiva entre a hipertensão e a resistência à insulina. Quando os pacientes têm hipertensão e diabetes, que é uma combinação comum, o risco de desenvolver doenças coronárias duplica.

Colesterol e triglicérides elevados

Algo bastante comum: diabéticos que apresentam níveis de colesterol LDL (o ruim) altos e de HDL (o bom) baixos, além do valor de triglicérides elevados. Essa combinação, geralmente, acontece em pacientes com doenças coronárias prematuras. Por isso, é sempre bom ficar em alerta.

Obesidade

Estar acima do peso é outro grande fator de risco para o desenvolvimento de problemas cardíacos. Além disso, a obesidade tem sido fortemente associada a resistência à insulina. E aqui, a solução é simples: eliminar quilos. Fazendo assim, é possível reduzir as chances de afetar o coração, assim como diminuir a concentração de insulina e aumentar a sensibilidade ao hormônio.

Falta de atividade física

O sedentarismo é, sem dúvida, outro importante desencadeador para a resistência à insulina e doença cardiovascular. Exercício e perda de peso podem prevenir ou retardar o aparecimento do diabetes tipo 2, reduzir a pressão arterial e ajuda a diminuir o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral.

Tabagismo

É um dos principais fatores de risco, e deve ser parado o quanto antes. Se necessário, o paciente pode recorrer a programas especializados para abandono do fumo.

“O importante de tudo é entender que, ao cuidar tanto do diabetes tipo 2 quanto das outras doenças, é possível evitar ou retardar o desenvolvimento de problemas no coração e nos vasos sanguíneos. Por isso, é importante que as pessoas entendam a necessidade de check-ups periódicos, além de adotar hábitos saudáveis de vida”, adverte a endocrinologia do HCAR, Henriqueta Issler Marsiaj.

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Fazem parte também da rede AHPACEG os seguintes hospitais:

Goiânia

CDI
Cebrom
Clínica da Imagem
Clínica São Camilo
Clínica São Marcelo
CRD Medicina Diagnóstica
Hemolabor
IHG
Hospital Amparo
Hospital Clínica do Esporte
Hospital do Coração de Goiás
Hospital do Coração Anis Rassi
Hospital da Criança
Hospital de Acidentados
Hospital Infantil de Campinas
Hospital Ortopédico de Goiânia
Hospital Premium
Hospital do Rim
Hospital Samaritano de Goiânia
Hospital Santa Bárbara
Hospital Santa Helena
Hospital São Francisco de Assis
Hospital da Visão
Instituto de Neurologia de Goiânia
Instituto Ortopédico de Goiânia
Instituto Panamericano da Visão
Maternidade Ela
Oncovida

Anápolis
Hospital Evangélico Goiano

Aparecida de Goiânia
Hospital Santa Mônica

Catalão
Hospital Nasr Faiad
Hospital São Nicolau

Rio Verde
Hospital Santa Terezinha

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