Com retração de -2,23% entre maio e junho de 2021, Goiânia está em primeiro lugar entre as capitais que apresentaram queda no preço da cesta básica. Além da cidade goiana, estão na lista também São Paulo (-1,51%), Belo Horizonte (-1,49%) e Campo Grande (-1,43%). O custo médio aumentou em oito municípios e diminuiu em nove. Os dados foram divulgados hoje (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Ainda assim, a cesta básica de Goiânia (R$551,49) está em nono lugar entre as dez mais caras do Brasil. O valor mais alto foi encontrado em Florianópolis (SC), R$645,38. Ao comparar junho de 2020 e junho de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento.
De acordo com o DIEESE, o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.421,84, valor que corresponde a 4,93 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.
Principais variações
Entre maio e junho deste ano, o litro do leite integral subiu em 16 capitais e o quilo da manteiga, em 12 cidades. A baixa oferta de leite no campo e os altos custos de produção elevaram os preços dos derivados no varejo.
Além disso, o valor médio do quilo da carne bovina de primeira registrou alta em 14 cidades em relação a maio. O preço médio do óleo de soja subiu em 14 capitais e o preço médio da banana recuou também em 14 cidades.
A forte demanda externa chinesa, os altos custos de produção e a oferta enxuta de animal para abate são os motivos do aumento da carne bovina de primeira. Enquanto apesar do recuo nos preços da soja, devido às desvalorizações do dólar e à menor demanda de óleo para produção de biocombustível, no varejo, o produto seguiu em movimento de alta. Por fim, com o frio, o ritmo de colheita da banana nanica diminuiu, o que acabou reduzindo a intensidade da queda de preços dos meses anteriores. A oferta da banana prata aumentou e as cotações baixaram.