Vivemos hoje em uma era tecnológica, onde temos acesso a uma infinidade de recursos que permitem fazer com o que os produtos e serviços evoluam a ponto de trazer contribuições efetivas para o nosso planeta, consumidores e demais stakeholders. É necessário usar esses conhecimentos para consumirmos melhor. Achar o ponto de equilíbrio, não me referindo a quantidade, mas sim a qualidade. Como podemos criar produtos e serviços que respondam ativamente a necessidade da proteção ambiental e também a necessidade de produzir lucros dentro de um mundo capitalista?
Este é um momento para contestarmos o valor da economia, o valor da ecologia e a conciliação entre mercado e sustentabilidade ambiental. Como podemos juntar tudo isso em negócios que sejam mais eficientes? Acredito que está aí o grande desafio dos gestores do futuro, dos líderes sustentáveis: a busca por um novo modelo de eficiência, um modelo que é capaz de gerar valor e não um desperdício, ao invés de gerar valor a partir do desperdício.
É preciso tornar isso real, não apenas marketing verde, onde as empresas pregam a sustentabilidade como um dos pilares da sua cultura mas na prática não exercem o que dizem fazer.
Um exemplo desse novo mundo de produtos e serviços mais equilibrados com a sustentabilidade ambiental são as companhias aéreas, que buscam usar ao máximo os biocombustíveis. A KLM, por exemplo, mesmo antes do surto do coronavírus já tinham montado uma campanha para as pessoas fazerem reuniões de outra forma, ao invés de usarem aviões com frequência. O que podemos perceber é algum gestor dentro da companhia que sabe da importância de ver além do financeiro, que sabe que a nossa fonte natural é esgotável e finita.
A indústria de cosméticos também está na busca por esse equilíbrio. Hoje, muitas delas já não fazem mais testes com animais (antiespecismo). Algo que também é cobrado por muitos consumidores, as pessoas estão mais conscientes a cada dia, elas estão exigindo conscientização ambiental e a não exploração dos animais por parte das marcas ao fabricarem seus produtos.
Olhando para nossa situação atual, além dos problemas com o desmatamento das nossas florestas, as nossas costas marinhas também estão muito prejudicadas, os mares acidificados, muitas espécies que lá residem já foram extintas, morrem engolindo o lixo que vai para o mares, os mesmos mares que alimenta boa parte da população mundial. E além disso, ele é o grande sequestrador de dióxido de carbono do nosso planeta, até mais do que as próprias florestas. Precisamos aumentar o senso de urgência desses problemas, por mais que as empresas e os líderes estejam abrindo os olhos para a questão sustentável, nossa situação é grave, e sem a vida da natureza, não existe a vida capitalista do famoso Homo sapiens.