O transporte aeromédico internacional compreende, basicamente, a remoção de uma vida de um hospital e a condução dessa vida a um hospital do seu país de destino, por meio de uma aeronave composta de estrutura hospitalar, equipe médica e tripulação. Diversos são os cenários que cabem esse trabalho, o mais comum é aquele no qual o paciente está em viagem, sofre um acidente ou apresenta algum distúrbio no seu quadro de saúde e precisa retornar ao país de origem para tratamento. Muitas vezes, o estado é alarmante e causa desespero, mas o transporte aeromédico tem estrutura semelhante a uma Unidade de Terapia Intensiva em sua essência, o que é crucial para que aquela vida possa ser salva e conduzida de volta ao seu país.
As remoções internacionais são delicadas, haja vista a necessidade de agilidade no processo e trâmites burocráticos. A Brasil Vida Táxi Aéreo, empresa atuante no mercado de Transporte Aeromédico e UTI Aérea, tem realizado cada vez mais missões internacionais, sobretudo por ser homologada para voar em todo o globo terrestre. Segundo a Médica Luana Moura, atuante na Brasil Vida no âmbito internacional, trabalhar em uma missão desse tipo é um desafio, porque é necessário lidar com diferentes sistemas de saúde e condições clínicas inesperadas. “A comunicação entre a nossa equipe e a equipe internacional é fundamental para garantir um transporte de qualidade. Buscamos coletar informações detalhadas sobre o quadro do paciente e sobre a internação prévia na unidade internacional para garantirmos uma estrutura adequada durante a remoção do mesmo”, enfatizou Luana.
Casos
Em julho de 2019, uma paciente de 85 anos foi resgatada em Palm Beach, na Flórida/EUA e conduzida para um São Paulo/SP. A paciente, cardiopata e pneumopata, apresentava um quadro de gastroenterite aguda e desidratação. Apesar da delicadeza da missão, não houve intercorrências durante o transporte aéreo. A paciente chegou a um hospital de São Paulo em estado regular geral, estável hemodinamicamente e com bom nível de consciência. “O bem-estar do paciente e sua segurança são as prioridades em um transporte aéreo”, frisou Dra. Luana, médica que atuou nessa missão.
Também em julho, uma paciente foi removida de Las Vegas/EUA para Salvador/BA. Portadora de Infarto Agudo do Miocárdio, o voo prosseguiu sem intercorrências, com monitoramento adequado e com toda a cautela necessária para que a paciente chegasse ao destino com estabilidade. Outro paciente de julho foi um homem de 48 anos, vítima de acidente automobilístico, e que sofreu um trauma torácico, sendo transportado pela Brasil Vida de São Paulo/SP para Houston/Texas, onde permanece em recuperação. Durante todo o voo, o paciente foi monitorado detalhadamente e utilizou oxigenoterapia via cateter nasal, além de precisar de drenagem do Tórax. O enfermeiro aeromédico Ramon Mesquita, que atuou na missão, afirma que realizar um resgate desse tipo é ter cada vez mais certeza de que é muito mais do que prestar um serviço, mas sim conduzir vidas rumo à esperança de cura e tratamento. “Priorizamos sempre o respeito, a humanização e a integração da equipe em prol do salvamento de cada pessoa que passa por nossas mãos e nossas aeronaves”, relatou Ramon.
Em junho, a Brasil Vida realizou o transporte de um paciente portador de neoplasia no intestino, que já havia passado por procedimento cirúrgico e estava de alta para seu domicílio, porém respirando por aparelhos e totalmente dependente de oxigênio. O voo saiu de Congonhas – SP com destino à Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Apesar do quadro clínico delicado, não houve intercorrências durante a condução. O Enfermeiro Deivid Rodrigues, atuante na missão, assim como o enfermeiro Ramon, pontuou que todo e qualquer resgate ocorre sempre com humanização e compromisso máximo com a vida e os familiares que ali estão.
Logística
Todo voo aeromédico precisa de uma estrutura de solo adequada para que nenhum erro ocorra. Cada detalhe é de suma importância para o sucesso da missão. Em se tratando de uma missão internacional, isso é ainda mais latente. Uma vez contratando o voo por meio do fretamento, toda a logística de atendimento de pista, de ambulância no local de destino, de equipamentos necessários e de comunicação internacional é realizada. De acordo com o Diretor Internacional da Brasil Vida, James de Souza, a credibilidade construída com as famílias e seguradoras internacionais é o que torna a empresa cada vez mais apta para realizar com maestria tais missões. “Atualmente, temos conquistado a tranquilidade dos contratantes, sobretudo por conta do selo International Assistance Group, que confere à empresa uma grande responsabilidade diante de demandas internacionais”, frisou James. Por isso, o transporte aeromédico sem fronteiras é cada vez mais latente. É um chamado, um propósito, e, acima de tudo, uma incumbência de conduzir e cuidar de vidas pelos ares e sem limites territoriais.
Sobre a Brasil Vida
A Brasil Vida Táxi Aéreo atua em todo o território brasileiro e mundial. É a primeira e única empresa no Centro-Oeste a garantir homologação para atuar como UTI Aérea e Táxi Aéreo mundialmente. Para todos os voos, a Brasil Vida conta com pilotos e copilotos capacitados. A empresa é referência no segmento de UTI aérea e, para esse tipo de voo, conta também com uma equipe altamente especializada de médicos e enfermeiros. Tanto a equipe médica quanto a tripulação passam periodicamente por cursos de atualização, como Introdução à Medicina Aeroespacial, Fisiologia de Voo, Intervenções de Bordo e Emergências Gerais, entre outros.
As aeronaves da empresa são modernas e totalmente equipadas. Para cuidar da manutenção das aeronaves, a Brasil Vida Táxi Aéreo utiliza os serviços da Brasil Aviation, que é uma empresa do grupo certificada pela ANAC. A manutenção é feita periodicamente por uma equipe qualificada da Brasil Aviation, que passa constantemente por cursos de atualização específicos. Os procedimentos de manutenção preventiva seguem altos padrões internacionais de qualidade e segurança. A Brasil Vida atende a todas as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), da Agência Nacional de Saúde (ANS), dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) e dos Conselhos Regionais de Enfermagem (CORENs).
**Na foto: Estrutura hospitalar dentro do avião (Crédito: Léo Macari)