O Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) divulgou relatório analítico dos dados da balança comercial goiana. Em outubro, houve recuo de quase 50% do indicador em relação ao mês anterior. O saldo entre exportações e importações fechou em US$ 239 milhões, US$ 235,9 milhões a menos que em setembro/2020. Na comparação com igual período do ano passado, a queda foi de 32,4%.
As exportações caíram 27,3% em relação a setembro/2020 e 23,3% considerando outubro/2019. No total, Goiás exportou US$ 548,7 milhões em mercadorias, sobretudo em commodities. O agronegócio, novamente, sobressaiu-se como principal exportador, com destaque para carnes (21,3%), milho (18,8%) e bagaços e outros resíduos sólidos (6,5%).
“Percebemos o impacto da sazonalidade da safra na balança comercial. A soja, que normalmente lidera o ranking de produtos exportados por Goiás, em outubro, respondeu somente por 4,4% de todo o volume exportado por Goiás”, explica a coordenadora do CIN Fieg, Johanna Guevara.
Mais uma vez, a China lidera o ranking de principais destinos das exportações goianas. No total, 30% de todo o volume vendido por Goiás teve como destino o maior país da Ásia Oriental, seguido por Japão (6,96%) e Alemanha (4,89%).
Já as importações tiveram incremento de 10,6% em relação a setembro/2020, fechando o mês com valor negociado de US$ 309,7 milhões. Apesar do aumento em relação ao mês anterior, na comparação com igual período do ano passado, percebe-se que as negociações ainda sofrem impacto da pandemia do coronavírus, com recuo de 14,5% das compras goianas.
“Outra questão que merece atenção é o principal produto importado por Goiás no período. A importação de óleo de soja (10,9%) superou a de produtos imunológicos, revelando a crise de desabastecimento que sofremos, devido à alta exportação do produto in natura nos meses anteriores”, observa Johanna Guevara.
Argentina (13,48%), China (12,52%) e Estados Unidos (10,45%) lideraram o ranking de países de origem das importações goianas. Confira aqui íntegra do relatório analítico divulgado pelo CIN Fieg.