Viramos uma página da nossa história

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Nesta semana, a 5ª Diretoria da ADIAL encerrou seu mandato, confira artigo do ex-presidente, Otávio Lage de Siqueira Filho (na foto, Otavinho discursa durante a posse da 6ª Diretoria da Adial/Crédito: Adial)

Por Otávio Lage de Siqueira Filho

Neste mês, a 5ª Diretoria da ADIAL encerra seu mandato – que de fato já havia finalizado durante a pandemia e a entidade optou por alongar o ciclo, por situação de emergência, para que se fizesse uma transição em um momento de maior segurança.

Encerramos o ciclo da atual diretoria com mais vitórias do que frustrações. Enfrentamos desafios de grande porte, como embates e debates fiscais, alguns desgastantes, com o Executivo e com o Legislativo, até que o diálogo franco e corajoso nos possibilitou alinhar um projeto mútuo de desenvolvimento que valorizasse a industrialização. Na Economia, enfrentamos durante todo o mandato, ora estagnação ora recessão, sem ter sequer um ano de grande expansão do PIB. Durante o mandato, enfrentamos ajuste fiscal (2017 e 2019), greve nacional dos caminhoneiros (2018), a pandemia da Covid-19 (2020), alta do desemprego (2021), a pavorosa volta da inflação (2021), entre outros percalços, e, no fim de tantas batalhas, conseguimos entregar a ADIAL maior, mais associados, credibilidade intacta e vários projeto finalizados ou em plena evolução.

É um orgulho para nossa diretoria chegar hoje aqui e encontrar tantos amigos – depois de termos vividos os piores e mais sofridos anos em várias gerações por conta da pandemia. Nada nem ninguém passou pelo que passamos sem traumas e perdas. Nós, como pessoas, nos reinventamos. Revisamos conceitos, reavaliamos atitudes. Precisamos sair muito melhores desta jornada do que entramos.

A ADIAL, posso dizer, também tem se reinventado naturalmente. Os braços da ADIAL, com a logística e a gestão de custos, estão cada vez mais profissionais, assim como projetos novos estão sendo implementados, como o ADIAL Talentos, um aplicativo da entidade que une empresas que estão contratando a um banco de currículos que cresce a cada dia. Detalhe é que esta aproximação ocorre sem custos para os dois lados. Outro ponto é que muitas vezes a vaga surge em uma região do Estado, mas a mão de obra está em outro município – e muito raramente, saberia desta vaga.

O AgreGO, outra solução pensada dentro da ADIAL, aprovada pelas co-irmãs do Fórum Empresarial, e depois entregue ao governo estadual para gerir este que é o plano diretor industrial de Goiás para o ciclo de uma década, formatado por especialistas renomados da indústria brasileira. Será o novo marco industrial de Goiás – assim como foram os programas de incentivos.

Cito também projetos executados com sucesso, como o Movimento de Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos, realizado em 2019, quando a ADIAL realizou uma dezena de seminários nas principais cidades industriais de Goiás, além de manifestação nas ruas, em conjunto com uma dezena de centrais e sindicatos dos trabalhadores, defendendo a industrialização do Estado. Momento importante para amadurecer as políticas para o setor e que, entre outros projetos, alguns já citados, representam um legado da nossa Diretoria para a história da ADIAL. Hoje, estamos mais integrados com as universidades, agentes sociais e culturais, entidades laborais, sempre mantendo nossa boa convivência e relação com o setor público.

Tenho muito orgulho da nossa Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás. Neste longo período que estive à frente da ADIAL, muito aprendi, muito somamos para a entidade. Por isso, posso dizer, não é texto de despedida, pois todos que ocuparam este cargo no passado, incorporaram uma responsabilidade de estar sempre à disposição da nova diretoria e das seguintes para, unidos, manter fortalecida a ADIAL e, por consequência, a indústria.

Por muitas vezes repeti nos meus textos que a indústria goiana hoje é madura, o sétimo parque fabril do País, mais de 1,5 milhão de pessoas envolvidas direta e indiretamente com o setor no Estado. E, assim como podemos afirmar que Goiás é um Estado agro, temos absoluta certeza que não erro ao dizer que Goiás é um Estado industrial. A cultura já estabeleceu e isso é uma vitória para várias gerações.

O novo ciclo se inicia com uma Diretoria forte, experiente, liderado por um empresário que muito nos representa, o Zé Garrote, um ser diferenciado, conhecedor de gestão e muito preparado para assumir a ADIAL. Fechamos com chave de ouro: gestão de trabalho e de resultados e uma sucessão à altura da entidade. Agradeço aos filiados, aos colaboradores e aos nossos consultores, que unidos, fazem grande a nossa ADIAL.

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Otávio Lage de Siqueira Filho, membro do Conselho de Administração da ADIAL

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