Por Marcos Freitas Pereira
Pelo segundo verão consecutivo as expectativas do Grupo WAM de ter a melhor temporada de todos os tempos foram frustradas. Em dezembro de 2020, nossa projeção apontava que o verão de 2021 seria fantástico, as pessoas, após meses isoladas e distantes, finalmente poderiam tirar alguns dias de férias. Essa expectativa começou em setembro de 2020 quando a partir desse mês os resultados começaram a ser superiores ao mesmo período de 2019, período pré-pandemia. Essa performance durou até a 1ª. quinzena de dezembro de 2020 quando o Brasil foi pego pela segunda onda do COVID-19. Frustrando pela primeira vez a previsão da melhor temporada de verão de todos os tempos.
Essa segunda onda afetou a economia e principalmente o turismo até o mês de abril de 2021, a partir de maio houve uma reversão na performance, voltando a ter resultados superiores a 2019. A cada mês, a partir de abril de 2021, constatavam-se resultados melhores em relação ao mesmo período de 2019, até a 3ª. semana de dezembro de 2021. Como se o passado se repetisse, o Brasil foi pego pela nova onda do COVID-19, a Ômicron e a partir da 4ª. semana de dezembro de 2021 a demanda pelo turismo desabou. E assim tem sido o mês de janeiro de 2022 e deverá ser nos meses de fevereiro e março de 2022. Frustrando pela segunda vez a previsão da melhor temporada de verão de todos os tempos.
Por outro lado, apesar da Ômicron ser muito mais transmissível do que as ondas anteriores, o número de mortes não tem acompanhado em função do grau de vacinação no Brasil, 70% no Brasil e mais de 80% no maior emissor de turismo que é o Estado de São Paulo. Pelo menos a frustração do turismo foi amenizada pela mortalidade ter sido menor do que a anterior, pois o que importa é a vida humana. As estatísticas do último dia apontam mais de 200 mil casos novos no país, isso é quase 3 vezes mais do que o pico alcançado anteriormente, o número de morte é de 493 contra mais de 4 mil no pico anterior. O que podemos concluir se não tivéssemos vacinado a população o número de morte estaria próximo de 12 mil por dia.
Mesmo com 4 meses de (janeiro a abril) de reflexos negativos da 2ª onda do COVID-19, o Grupo WAM fechou o ano de 2021 acima do ano de 2019 em 4,1% em quantidade de contratos vendidos.
Os resultados preliminares de fechamento do Grupo WAM, antes da auditoria externa, apontam que a receita líquida do grupo aproximou-se de R$ 1 bilhão, 65% superior ao atingido em 2019, ano pré-pandemia. Não só a receita cresceu como a rentabilidade e produtividade cresceram, a margem bruta foi de 63% e a margem Ebitda foi de 46%.
A performance abaixo da 4ª. semana de dezembro de 2021 e do mês de janeiro de 2022 deverá ser repetir por todo o 1º. trimestre em função dos efeitos da nova onda do Covid-19, devendo o turismo e a WAM retomarem os seus crescimentos a partir do 2º. trimestre de 2022. Mesmo com esse 1º. trimestre adverso, o Grupo WAM trabalha com um crescimento de 42% na receita líquida com as mesmas margens bruta e de Ebitda.
A frustração é enorme, porém, a responsabilidade é maior ainda para que o turismo e o grupo WAM possam voltar à normalidade e ao crescimento o mais rápido possível. Estamos a todo momento sendo testados como administradores e empresários.
Que Deus nos ajude!
———————————————
Natural de São Paulo, Marcos Freitas Pereira acumula mais de 25 anos de experiência de mercado. Doze destes anos foram como administrador em cargos de comando na Pousada do Rio Quente Resorts.
Exerceu as funções de Gerente de Orçamento e Finanças, Controller, Diretor Estatutário Administrativo Financeiro e Diretor de Relações com o Mercado. Além disso, dois anos como Diretor Superintendente, principal executivo da empresa. Atualmente atua como Sócio da WAM Brasil.