Tecnologia transforma compra e venda de imóveis

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(Crédito da imagem: Pixabay)

Imobiliárias e corretores precisaram se reinventar durante a pandemia – os clientes não saíam mais de casa para visitar os imóveis ou tinham medo de investir pela instabilidade do momento, entre outras questões que prejudicaram muitos negócios. Foi, então, que as imobiliárias precisaram investir ainda mais em marketing digital e acelerar os processos de vendas eletrônicas. O cenário pandêmico antecipou uma transformação no setor, tanto para as empresas, como para o consumidor, a partir das oportunidades de encontrar, comprar e vender produtos, por meio da internet e de plataformas eletrônicas.

É o caso da Rizzo Imóveis, em Goiânia (GO), que oferece aos clientes a comodidade de ter todos os processos de compra realizados com aparelhos eletrônicos, sem a necessidade dos clientes irem até a imobiliária. Com a tecnologia disponível, o cliente busca a informação pelo próprio celular ou computador, encontra dados dos imóveis de interesse em mecanismos de busca, como o Google; ou mesmo nas redes sociais, que também ganharam impulsionamento das empresas. Também têm acesso direto aos corretores por meio de aplicativos de mensagem instantânea, como o Whatsapp.

Para atrair os compradores, de forma on-line, pode ser apresentado tour completo pelos empreendimentos, com detalhes exibidos por meio de fotos, vídeos, tomadas aéreas e outras ferramentas de marketing. Com essas opções, têm acesso aos produtos, e com o auxílio do corretor, finalizam a compra. Essa experiência foi vivida pela cliente da Rizzo Imóveis, Regiane Rocha, que mora em Tampa, nos Estados Unidos, e comprou, à distância, um lote residencial, no empreendimento Maria Monteiro, em Trindade (GO). Ela conta que começou a buscar imóveis no Google, lembrou do nome da imobiliária, que após um primeiro contato, viabilizou as conversas com o corretor por Whatsapp.

“A tecnologia me ajudou bastante porque eu não deixei no Brasil um procurador, uma pessoa para fazer as coisas por mim. Então, ter essa facilidade, do corretor ir até o imóvel, fazer um vídeo, me enviar, foi prático, me ajudou muito. Agiliza nossa vida, porque o cotidiano aqui é muito corrido, não temos muito tempo para ficar pesquisando. E você ter um corretor e uma imobiliária de confiança valem a pena. Como eu estou longe, busquei uma empresa que tem nome no mercado. Um investimento para o futuro, porque eu não penso em voltar agora para o Brasil, e quero comprar mais lotes e investir para pensar em uma aposentadoria, ter opção de fazer algo com os imóveis”, conta Regiane.

Venda eletrônica

O diretor Comercial e de Marketing da Rizzo Imóveis, Herberth Moreira, explica que nas vendas eletrônicas, em nenhum momento o cliente precisa ir até a Rizzo. “Saímos na frente de outras empresas, porque antes da pandemia já apostamos em inovação e no desenvolvimento desses aplicativos. Foram feitos investimentos em sistemas de hardware e software, e nossos arquivos são armazenados em nuvem. Com a pandemia, a venda digital veio por necessidade, mas aproveitamos a oportunidade e houve uma transformação no mercado imobiliário. Os clientes gostam, ganhamos em tempo e no crescimento de transações nesse formato”, afirma.

De acordo com o diretor Comercial, as vendas eletrônicas aumentaram entre 20 a 30% desde 2020, inclusive para clientes que moram em outros países. Nesses casos, os corretores também realizam videoconferências on-line e conseguem atender a esse público. “Durante a pandemia, sem a tecnologia estaríamos impedidos de exercer a profissão. E, hoje, avaliamos que se não tivéssemos buscado soluções para aquele momento de mercado, ainda estaríamos muito distantes da nossa atual realidade, dos avanços tecnológicos que conquistamos. Ganha o cliente, que não precisa se deslocar, e também o corretor, que aprova a agilidade nos processos e as oportunidades de vender mais”, pontua.

Para entender melhor os procedimentos adotados na imobiliária, ele ainda descreve algumas etapas desse tipo de venda: “quando o cliente demonstra interesse pelo produto, recebe um formulário para preenchimento e envia a proposta para compra. Depois é realizada a análise de crédito e, posteriormente, o contrato é assinado eletronicamente. Para realizar esses trâmites, a empresa ainda alinha com o cliente o uso de dois aplicativos, desenvolvidos pela própria Rizzo, para envio de documentos”, esclarece.

Inovação

O presidente da Rizzo Imóveis, Dalton Carvalho, afirma que, com o processo de inovação da empresa, houve uma melhoria de aproximadamente 50% do índice de produtividade. E ele traz um exemplo disso: no lançamento de um produto, era necessário elaborar uma tabela de vendas para o corretor, um mapa com o produto, imprimir todo o material, inclusive os contratos. O profissional buscava a documentação impressa e ia fazer a venda. Depois ele devolvia o contrato, que era inserido no sistema. Posteriormente era necessário conduzir os documentos para assinaturas, e depois ainda era realizado o arquivamento dos papéis, o que, no total do processo, levava aproximadamente 160 dias.

“Hoje fazemos com aproximadamente 10 dias e a tendência é melhorar ainda mais. Na hora em que o corretor faz a venda, primeiro, ele não precisa mais carregar papel, o que traz um ganho para o meio ambiente. Com o aplicativo na mão, o corretor tem o mapa, os valores, pode fazer simulações, não gasta combustível, no próprio sistema avalia o score de crédito do cliente e já libera a venda. Nesse mesmo momento, o comprador já recebe o contrato, faz a assinatura eletrônica e recebe o documento assinado por nós. Em questão de minutos, recebe tudo isso. Ganho de produtividade enorme para nós, ganho para o meio ambiente, para o corretor, para o cliente. Sem falar que o processo é mais seguro”, finaliza.

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