Supermercados registram deflação pela primeira vez após 12 meses

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(Crédito da imagem: Pixabay)

O setor supermercadista voltou a apresentar deflação nos preços após um ano de altas. A queda apontada pelo Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE, foi de 0,5% em fevereiro. Segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS), o principal motivo foi a ausência do Carnaval e a espera do consumidor por novos auxílios, somado a isso o aumento de casos do Covid-19 que demandou ajustes de preços em toda cadeia produtiva.

Em fevereiro de 2021 as exportações suínas tiveram queda de 18% em relação a fevereiro de 2020, consequentemente o preço no mercado interno caiu pelo terceiro mês seguido (2,49%). As aves caíram 2,29% após uma sequência de sete meses em alta.

Outro item que merece atenção é o arroz, que registrou sua primeira deflação em 14 meses com quase 4% de queda.

“Em janeiro houve a importação de 131 mil toneladas de arroz frente às 21 mil toneladas exportadas, a menor quantidade embarcada pelo país desde 2010. Isso demonstra que o mercado se aproximada da normalidade, já que o Brasil não é exportador natural do produto e a oferta de arroz já se mostra abundante no mercado exterior. A expectativa é de que novas quedas aconteçam nos próximos meses”, explica Ronaldo dos Santos, presidente da APAS.

O óleo de soja, outro item que foi vilão da inflação em 2020 com 115,6% de aumento, também teve queda de 3,6% em fevereiro de 2021. O leite também registrou queda de 4% e o motivo foi a fraca demanda do brasileiro. Para a APAS, a ausência do auxílio emergencial – que estimula o consumo de produtos lácteos de indulgência – somado ao desemprego e o menor poder de compra da população, forçam os canais de distribuição a serem mais agressivos nas negociações. Situação deve perdurar para os próximos dois meses.

A maior queda aconteceu no setor de produtos in natura (hortifrutigranjeiros), liderados pelo maracujá com queda de 30,5%, mamão com 18,8% e batata 15,2%. Dentre os maiores aumentos ficaram a cebola e o chuchu, respectivamente com 40,5% e 39,3%.

Com informações do portal NewTrade

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