Seu negócio é ruim ou está mal gerido?

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Uma das principais companhias aéreas que operam no Brasil, a Avianca enfrenta nestes dias o período mais turbulento da sua história recente, desde que entrou com pedido de recuperação judicial, em dezembro passado. Sem condições de pagar os credores, a empresa está sendo obrigada a devolver parte dos aviões de sua frota, causando inclusive o cancelamento de voos.

Mesmo em um mercado em ascensão e sendo um bom negócio, ela passa por uma grande crise por problemas de gestão. O caso vem ganhando os holofotes da mídia, mas no dia a dia muitas empresas no Brasil, em uma rotina mais discreta, também passam pelos mesmos problemas.

Para se ter ideia, só em Goiás, no acumulado de 2015 a 2017, na fase mais aguda da crise econômica, os pedidos de recuperação no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) passaram de 150. Nesse mesmo período, mais de 30 mil empresas fecharam as portas no Estado. Ano passado, foram mais de 12 mil, segundo dados da Junta Comercial do Estação de Goiás (Juceg).

Para o consultor em administração e governança corporativa Marcelo Camorim, diretor da Fox Partners, a maioria dos empreendimentos que estão passando por dificuldades, e até estão em recuperação judicial, não são maus negócios, mas sim negócios mal geridos.

“A má gestão é um problema que atinge empresas de todos os tamanhos, do pequeno ao grande negócio, e pode ser corrigido antes mesmo de se entrar em uma situação crítica como a recuperação judicial”, diz Camorim, que possui 30 anos de expertise em governança corporativa.

Camorim considera que o que separa a prosperidade do ostracismo é a visão correta do mercado. Os empreendedores precisam conhecer com exatidão o setor onde atuam para conseguir enxergar claramente os passos que precisam ser dados para gerar resultados satisfatórios com o menor grau de endividamento possível. “É algo fundamental e aparentemente simples, mas exige dos gestores um grande senso de observação, disciplina e monitoramento contínuo no fluxo de caixa, receita, despesa e lucro”, diz.

Camorim orienta que, se as contas apontarem para um mínimo grau de prejuízo, é preciso tomar providências para recolocar a empresa nos rumos antes que os danos fiquem mais difíceis de serem reparados. “Um bom negócio também é marcado pela gestão profissional das contas, que não mistura compromissos pessoais com obrigações da empresa. E claro: olhar sempre atento à concorrência. Afinal, neste universo do business e no que diz respeito ao encantamento dos clientes, o melhor é sempre surpreender, e não ser surpreendido”, arremata Camorim.

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