Setor de alimentos puxa indústria goiana, que manteve ritmo frente a recuo nacional

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Mesmo com crescimento tímido, Goiás se desponta no cenário nacional, que registrou queda na produção industrial em 2020 (Na foto: Parque fabril da Marajoara em Hidrolândia-GO/Divulgação)

Frente a um ano atípico e extremamente complicado devido ao forte impacto da Pandemia, a indústria goiana registrou um crescimento de 0,1% em 2020, o que pode ser entendido como uma vitória, frente ao recuo de 4,5% da média nacional, segundo dados da Pesquisa industrial Mensal (PIM) do IBGE. O resultado se deve, principalmente, ao acumulado da Fabricação de Produtos Alimentícios que tem grande participação no total da indústria de transformação do estado. 

Enquanto em alguns Estados a produção da indústria se manteve em baixa com a pandemia e sem muita expectativa para 2021, a Federação das Indústrias de Goiás (Fieg) projeta crescimento da atividade industrial entre 3,7% a 4,3% para esse ano. 

Um dos exemplos de indústria goiana que contribuiu com o crescimento do Estado em 2020 no ramo alimentício é a Marajoara Laticínios. A empresa, instalada na cidade de Hidrolândia, Região Metropolitana de Goiânia, com mais de 30 anos de mercado, não só manteve seu ritmo de produção como também investiu no aumento da produção do leite condensado no ano passado, com a construção de uma nova unidade fabril com capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas do produto derivado lácteo por mês. 

A indústria começou a produzir bags de 5 kg e 2,5 kg de leite condensado para atender ao aumento de demandas do mercado de padarias e confeitarias e restaurantes. Durante a pandemia, o consumo de leite condensado aumentou 14%, segundo levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 

A empresa, que produz diversos produtos lácteos como leite UHT, leite sem lactose, leite desnatado, achocolatado e creme de leite, conquistou o segundo lugar no ranking nacional de participação no mercado de atacarejo de leite condensado, crescendo de 15,5% em 2019, para 18,6% em 2020, no comparativo do primeiro semestre, segundo a último levantamento da Nielsen, Scantrack e Cash&Carry.

O consumo do Leite UHT também foi impactado positivamente pela pandemia. Dados da pesquisa Painel Online com Consumidores da Categoria de Leite UHT, desenvolvida pela Behup, feito em junho de 2020 em parceria com a SIG, uma das líderes mundiais em soluções de embalagens assépticas para indústria de alimentos, apontou que cresceu em 22,2% o número de consumidores que passaram a tomar mais leite do início da pandemia até junho. 

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