Sequelas da pandemia no mercado energético mundial

Fábio Ferreira

Diretor executivo da Potência, profissional com 21 anos de experiência com expertise em Planejamento Estratégico, Emissão de Debêntures, Valuation.
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"Sabemos que decisões cruciais de política energética ainda precisam ser tomadas", confira na coluna de Fábio Ferreira (Foto: Pixabay)

A pandemia do novo coronavírus causou mais desordem no setor de energia mundial do que qualquer outro acontecimento registrado na história contemporânea. Suas consequências sem sombra de dúvidas serão sentidas nos próximos anos. Um levantamento feito pela Agência Internacional de Energia (AIE) aponta a pandemia como fator que atinge de forma direta e indireta nas perspectivas de transições rápidas para energia limpa.

O cenário atual ainda é prematuro e não nos permite dizer se a crise nos leva ao retrocesso dos esforços para criar um sistema de energia mais seguro e sustentável ou se estamos caminhando para um aceleramento no ritmo das mudanças.

No estudo, a AIE aponta que a demanda global de emissões de gás carbônico ligadas à energia caiu em 7%. Com este resultado, a crise pode ter ajudado no processo de conscientização mundial e fomentado hábitos sustentáveis. Porém, ainda estamos longe do que seria considerado ideal.

O engajamento para proteger o meio ambiente e ter uma energia limpa e sustentável deve ser feito por meio de ações conjuntas de empresas, governo, sistema financeiro e os cidadão. Mas não é algo simples, as exigências para atingir tal objetivo são desafiadoras e implicam em uma redução de 40% de gases poluentes até 2030. Ou seja, as fontes de energias sustentáveis devem representar 75% da produção de elétrica mundial. Até o ano passado, estas fontes representavam menos de 45%.

Não temos ciência de quando a pandemia deve terminar, o que sabemos é que decisões cruciais de política energética ainda precisam ser tomadas.

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