O Legado Verdes do Cerrado – Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável de propriedade da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) – realiza, há três anos, a coleta, armazenamento e conservação de sementes nativas do Cerrado, usadas em projetos de reflorestamento no bioma e recuperação de nascentes. Localizado em Niquelândia, município na região norte de Goiás, o acervo do banco de sementes já chega a 1,9 milhão de amostras de 30 espécies.
Os bancos de sementes têm papel fundamental na conservação da biodiversidade. Quando conservadas corretamente, algumas sementes podem ficar guardadas por décadas até que sejam plantadas, contribuindo para a perpetuação das espécies. Além disso, essa iniciativa contribui para o melhoramento genético, pois por meio da seleção de sementes é possível reduzir a suscetibilidade das plantas a pragas ou a mudanças climáticas.
“Trata-se de um trabalho essencial para assegurar a conservação de espécies do Cerrado, sejam elas endêmicas ou ameaçadas de extinção, além de gerar conhecimento que permite compreender melhor a flora do bioma. Desse modo, o Legado Verdes do Cerrado se apresenta também como plataforma para gerar conhecimento científico sobre o bioma e o uso sustentável da agricultura”, explica o diretor das Reservas Votorantim, David Canassa.
Seleção e conservação
O banco de sementes do Legado Verdes do Cerrado está instalado em um espaço de 32 m² com tecnologia moderna para conservação do acervo. Ao contrário da maioria dos bancos, que possuem apenas prateleiras e ventilação, no Legado o espaço é revestido com azulejos, para garantir a higienização, e equipado com ar condicionado, para controle de temperatura e umidade, além de freezer para estocagem de longa duração. As sementes que não necessitam de refrigeração ficam armazenadas e devidamente identificadas em gavetas a granel, podendo também serem guardadas em sacos plásticos ou de papel, dependendo da espécie.
A coleta das sementes que compõem o banco é feita na própria área da reserva. É uma atividade manual e a maioria das sementes é coletada no chão, passando depois por limpeza e seleção. Avalia-se se a sanidade das sementes (se há fungos ou insetos) e, dependendo da espécie, realizam-se procedimentos adicionais, como no baru e jatobá, que precisam ser despolpados. Em seguida, as sementes são classificadas e pesadas.
Além da coleta, com a finalidade de realizar a multiplicação de mudas, é feito o mapeamento e cadastro das árvores matrizes. Elas devem apresentar integridade física e sanitária, mostrando-se sadias, com folhagem em boas condições e, no caso das frutíferas, boa produção. Assim, o banco de sementes garante produção de alta qualidade, com diversidade genética, integridade sanitária, física e alta taxa de germinação.
Hoje, as sementes coletadas no Legado Verdes do Cerrado são utilizadas no Centro de Produção de Biodiversidade (CPB) da reserva, que produz mudas de espécies nativas para diferentes tipos de projetos de recuperação de ambientes no Cerrado, além de paisagismo urbano. A produção do CPB teve início em 2018 e tem capacidade produtiva de 200 mil unidades por ano. No local são cultivadas 50 espécies diferentes, entre elas aroeira, angico, baru, canela-de-ema, pitomba, guariroba, pequi e ipê. As plantas produzidas atendem à demanda de parceiros da Reserva, instituições e proprietários rurais, além de prefeituras em projetos de recuperação da flora e paisagismo urbano.
Sobre o Legado Verdes do Cerrado
O Legado Verdes do Cerrado, com aproximadamente 75% da área composta por cerrado nativo, é uma área de 32 mil hectares da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, uma das empresas investidas no portfólio da Votorantim S.A. A cerca de três horas de Brasília, é composta por dois núcleos. No núcleo Engenho, nascem três rios: Peixe, São Bento e Traíras, de onde é captada toda a água para o abastecimento público de Niquelândia/GO. Nele está a sede do Legado Verdes do Cerrado onde, em 23 mil hectares, são realizadas pesquisas científicas, ações de educação ambiental e atividades da nova economia, como produção de plantas e reflorestamento; enquanto 5 mil hectares são áreas dedicadas à pecuária, produção de soja e silvicultura. O núcleo Santo Antônio Serra Negra, com 5 mil hectares, mantém o cerrado nativo intocado e tem parte de sua área margeada pelo Lago da Serra da Mesa.
Sobre a CBA
Desde 1955, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) produz alumínio de alta qualidade de forma integrada e sustentável.
Com capacidade instalada para produzir 100% de energia vinda de hidroelétricas próprias, a CBA minera a bauxita, transforma em alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) e produtos transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis). Em estreita parceria com seus clientes, a CBA desenvolve soluções e serviços para os mercados de embalagens e de transportes, conferindo mais leveza, durabilidade e uma vida melhor.