A falta de experiência é a principal dificuldade dos jovens para se inserirem no mercado de trabalho. É comum que as empresas tenham essa exigência, até mesmo para cargos mais simples e que não demandam tanto conhecimento técnico. Uma forma de contornar essa situação é atuando como Jovem Aprendiz.
Atualmente, o desemprego formal no país chega a 14 milhões de pessoas. Mas esse índice é ainda maior entre os mais jovens. Os dados são da Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia. Para se mensurar, na faixa etária de 14 a 17 anos, 46% estão em busca de trabalho. E, de 18 a 24 anos, o desemprego afeta 31% das pessoas.
Contra o fluxo
A auxiliar financeiro, Nycolli Rebeca da Silva Martins França, de 18 anos está fora destas estatísticas. Aos 17 anos, ela entrou na GSA Alimentos como Jovem Aprendiz no Televendas e, antes de finalizar seu contrato, com 11 meses de casa, foi efetivada.
O único trabalho de Nycolli era ter cuidado de crianças. “Nunca tinha trabalhado formalmente e, na GSA, aprendi a me esforçar, ter dedicação e responsabilidade. Agora sei dialogar com clientes e vendedores”, afirma.
A jovem terminou o Ensino Médio no ano passado, na mesma época em que foi efetivada na empresa. Ela pensa em cursar uma universidade em breve.
“Meu primeiro emprego representa um marco em minha vida. Subi um degrau na minha carreira profissional”, revela a jovem que agora ajuda a pagar algumas contas de casa.
Outro fora destas estatísticas é o operador de supermercado, Pedro Henrique Arantes de Sousa, 18 anos. Aos 17 anos entrou como Jovem Aprendiz na loja de Jataí e, antes de acabar o contratado, foi efetivado.
“Ser aprendiz foi uma grande oportunidade. Os empregadores sempre pedem experiência, que era algo que eu não tinha. Vejo isso também acontecer com os meus amigos”, revela. Ele ainda confessa que foi uma grande oportunidade de ter uma carteira assinada e ainda o permitiu ter sua primeira fonte de renda. “Aprendi a gerir o meu dinheiro e a ter relações profissionais. O valor da bolsa não é muito, mas também não é pouco, que me ensinou a ter um melhor controle dos meus gastos,” revela o profissional. Hoje ele é independente financeiro da família e até mora sozinho.
Já em Formosa, Ronaldo Ribeiro da Costa Júnior, de 19 anos, também conseguiu o primeiro emprego de carteira assinada após ser Jovem Aprendiz, contratado via Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), por aproximadamente dois anos. Ele foi efetivado como assistente de inventário da loja de Formosa no ano passado.
“Após acabar meu contrato como aprendiz, fiquei quase um ano fora, aguardando a minha carteira de reservista. Mas surgiu a oportunidade e, devido a minha boa passagem aqui, fui convidado a participar”, explica.
Ronaldo complementa que o período como Jovem Aprendiz foi fundamental para adquirir experiência e mais responsabilidades e, assim, conseguir uma vaga de trabalho com a carteira assinada. “Desde os 14 anos trabalho informalmente, mas quando consegui ser fichado, agarrei a oportunidade e não pensei duas vezes”, afirma.
Legislação
A GSA Alimentos conta atualmente com 34 Jovens Aprendizes, destes 32 prestam trabalho em Goiás e outros dois em Tocantins. Todos os acordos são coordenados pela Instituição Renapsi. Já o Bretas conta, apenas no Estado de Goiás, com 82 jovens contratados e os acordos são coordenados pelo Cesam- GO ou pelo Senac. As últimas vagas em aberto, mas já com estudantes contratados, foram na loja de Catalão. As oportunidades surgem a qualquer momento, conforme a finalização dos contratos ativos.
Para participar do Programa de Aprendizagem, a pessoa tem que, obrigatoriamente, estar regularmente matriculado na rede de ensino. Com uma renda média de meio salário mínimo, o Menor Aprendiz tem a carga horária semanal de 20 horas, dividida tanto para a formação teórica quanto para a prática na empresa.
Além de aprender a atuar em diversas funções, o jovem tem a sua primeira fonte de renda, passando a administrar um orçamento pessoal e começando a entender a relação entre trabalho e educação financeira. Os estudantes e demais interessados em trabalhar na GSA podem enviar seu currículo junto com o nome da vaga pretendida para ( currí[email protected]). Agora, os estudantes e demais interessados em trabalhar na rede de supermercados podem cadastrar currículo no www.vagas.com.br/cencosudbrasil
Sobre o Bretas
Fundado em 1954, o Bretas é uma rede supermercadista com 81 lojas, 12 postos de combustíveis e dois Centros de Distribuição, em Minas Gerais e Goiás. Desde 2010 integrou-se a Cencosud, um dos principais grupos varejistas do mercado sulamericano com presença na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Peru, e um escritório comercial na China. No Brasil, o Bretas conta com cerca de 7 mil colaboradores que trabalham para oferecer aos clientes qualidade e serviço a preços justos.
Sobre a GSA
Especializada na fabricação de macarrão instantâneo, refrescos em pó, salgadinhos, mistura para sopão, pipoca para micro-ondas e misturas para bolo . Em 2018, a empresa entrou no ramo de snacks, com a produção dos salgadinhos Sanditos. Fundada em 1984, a GSA é administrada por Sandro Marques Scodro. Neste período, a empresa cresceu e adquiriu novas marcas e produtos. A GSA é responsável pelos produtos das marcas Refreskant, Sandella, Velly, Produtos Paulista, Icebel, Yolle, Sanditos, SanChips e Dona Raiz. O Grupo GSA conta com duas distribuidoras – a Vetor e o CV Goiás Distribuição.