Principais doenças relacionadas ao trabalho

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LER, DORT e AMERT, típicas do trabalho intenso e repetitivo, são causadas por diversos tipos de pressões (Imagem: Pague Menos/Reprodução)

Por Érica Moraes

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Doenças Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) ou Afecções Musculoesquelético Relacionadas ao Trabalho (AMERT) são definidas como um conjunto de doenças do trabalho, que acometem tendões, sinovias, músculos, nervos, fáscias e ligamentos, de forma isolada ou associadamente, com ou sem degeneração de tecidos, atingindo não somente os membros superiores, mas principalmente a região escapular e o pescoço.

Essas doenças são típicas do trabalho intenso e repetitivo, e são causadas por diversos tipos de pressões existentes no trabalho, que atacam as pessoas tanto física quanto psicologicamente.

Na idade média era conhecida como a “Doença dos Escribas”, que nada mais era do que uma tenossinovite, praticamente desaparecendo depois da invenção da imprensa por Gutemberg.

Ramazzini (o pai da medicina do trabalho), em 1700, também descreve a doença dos escribas e notórios. Em 1895 o cirurgião suíço Fritz de Quervain descrevia o “Entorse das Lavadeiras”, atualmente conhecida como Tenossinovite de DeQuervian, um tipo de doença causada por esforço repetitivo.

Mais tarde aparece como “doença das tecelãs” (1920) ou “doença das lavadeiras” (1965).

O problema se amplia a partir da década de 80, quando a doença torna-se um fenômeno mundial, devido a grande evolução do trabalho humano e o aumento do ritmo na vida diária. A LER, entretanto, acentuou-se demasiadamente na década de 1990, com a popularização dos computadores pessoais.

Atualmente, a síndrome que é mais associada ao trabalho informatizado, já representa quase 70% do conjunto das doenças profissionais registradas no Brasil.

A prevenção foi e continua sendo a melhor forma de combate a este tipo de patologia, pois a adoção de posturas e ritmos de trabalho mais adequados são fundamentais.

Quando existe uma suspeita de lesão, o acompanhamento de um profissional torna-se primordial para a correta avaliação e tratamento do funcionário.

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Érica Moraes (CREF – 263G / GO) é ergonomista certificada pela ABERGO (Assoc Bras Ergonomia nº 213) e IEA (Internacional Ergonomic Association). Graduada em Educação Física, especialista em Fisiologia e Biomecânica, em Ginástica Corretiva e MBA em Ergonomia e Saúde no Trabalho. Contato: [email protected] ou (64) 98115-9099.

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