Não há nenhum impedimento legal para o transporte de trabalhadores por vans escolares em contratos firmados entre empresas privadas e a Cooperativa de Transporte Escolar e Turismo de Goiás (Cooperteg), segundo a Secretaria de Mobilidade da Prefeitura de Goiânia. Pelo contrário, a pasta defende que a iniciativa seja implantada o mais rápido possível para reduzir o risco de propagação da Covid-19 na capital. A declaração foi dada pelo secretário municipal Pedro Chaves na manhã desta segunda-feira (15/03), em reunião remota com os presidentes das entidades do Fórum Empresarial do Estado, organizada pela OCB/GO.
“É uma iniciativa do setor privado, não compete ao poder público se intrometer, desde que não se utilize as linhas convencionais, pontos ou terminais de ônibus coletivos. Mas está claro que a proposta é realizar o transporte do trabalhador da sua casa para a empresa. Portanto, não há nenhum empecilho. Além do mais, as vans escolares passam por vistorias técnicas para checar a segurança e estado de conservação, e são credenciadas para realizar este tipo de transporte”, afirmou Pedro Chaves.
O secretário municipal de Mobilidade afirmou que a Prefeitura de Goiânia, inclusive, apoiará esta alternativa de transporte. “Defendemos todas as opções que estejam dentro da legalidade e que possam reduzir o risco de propagação da Covid-19”, enfatizou Pedro Chaves. Presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira disse que a reunião do Fórum Empresarial com a Prefeitura tem como objetivo fazer o alinhamento do setor privado com o Poder Público.
Márcio Andrade, presidente do Sindiposto, entidade ligada à Fecomércio, afirmou que estão avançadas as negociações entre os postos e distribuidoras de combustíveis para oferecer o óleo diesel para as vans escolares a um preço menor que o praticado normalmente. O objetivo é reduzir o valor da tarifa a ser negociado entre a cooperativa e as empresas para o transporte de trabalhadores.
As vans escolares devem atender inicialmente empresas instaladas em polos industriais de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, em negociações intermediadas pelas entidades do Fórum Empresarial. Para realização deste serviço, alguns procedimentos precisam ser obedecidos pelas vans escolares: podem transportar no máximo 20 passageiros, todos sentados; os veículos têm de ser higienizados antes e depois do transporte; é obrigatória a medição de temperatura dos passageiros e o uso de máscaras, além de ofertar álcool em gel dentro dos veículos; é necessária a contratação de seguro pelas vans e as viagens devem ser restritas ao trajeto casa-empresa-casa dos trabalhadores, sem passar por pontos ou terminais de ônibus.
Participaram da reunião ainda os presidentes da Fieg, Fecomércio, Adial Goiás, Acieg, Facieg, FCDL e representantes da CDL Goiânia e da Cooperteg.