Divulgado nesta quarta-feira (6), o índice imobles© de Setembro, referente ao preço dos apartamentos em Goiânia, aponta que o preço deles continua em alta. O aumento em setembro foi de 1,5%, o que fez a variação dos últimos 12 meses chegar a quase 20%. O aumento dos valores é generalizado, não sendo reflexo da valorização de apenas um setor ou tipo de apartamento. Todas as quatro grandes regiões do mercado imobiliário da capital apresentam um crescimento expressivo no preço nesse período.
As causas do aumento são tanto impacto dos custos de construção, representada pelo Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), que teve alta média de 0,56% em setembro, sendo o acumulado dos últimos 12 meses de 16,4%, quanto a valorização real do imóvel diante da forte demanda por novas moradias, fenômeno este que não é exclusivo da capital de Goiás, mas atinge todo o setor imobiliário brasileiro.
Tanto é que, enquanto a alta de preço dos apartamentos em Goiânia nos últimos 12 meses fechou em 19,7%, a inflação da construção ficou em 16,4% no mesmo período, o que aponta para o ganho real de 3,3%. Enquanto isso, os investimentos em bolsa de valores chegou a 17,5% no mesmo período, mas a instabilidade política brasileira e os eventos de incerteza da economia global fizeram o IBOVESPA, que é o principal índice da bolsa de valores do Brasil, despencar 6,57% no mês.
“O imóvel no alongado dos últimos 12 meses superou a bolsa, pois o imóvel está pagando o que a renda fixa paga e ainda valoriza a longo prazo. E o nível de aquecimento do mercado em Goiânia é muito alto. O studio, que é o apartamento de um quarto, é um imóvel para investidor e que hoje não se encontra por aqui”, destacou o CEO e diretor de operações da imobles, Ronal Balena, durante coletiva de apresentação da pesquisa divulgada nesta quarta-feira (6).
Por tudo isso, o mês de setembro de 2021 foi emblemático para mostrar a característica sólida do investimento em imóveis. “Considerando o histórico político e econômico do Brasil, o investimento em imóveis tem se consolidado cada vez mais como uma boa alternativa para quem busca rendimento sem se expor às grandes oscilações do mercado”, salientou a análise do mais recente Índice imobles©.
“O mercado segue aquecido e com escassez de alguns tipos de apartamentos, como studios no Setor Bueno e aqueles prontos para morar no Parque Amazônia. Por isso, a previsão é que os preços ainda irão aumentar por alguns meses até iniciar a desaceleração”, completam os especialistas da imobles.
Pelos bairros: Parque Amazônia sai na frente
Todos têm conhecimento que os Setores Bueno e Marista são os mais requisitados em Goiânia quando se trata do mercado imobiliário. No entanto, desde o final do ano passado é o Parque Amazônia que tem despontado em termos de valorização de imóveis. O preço dos apartamentos no bairro subiu 24,8% nos últimos 12 meses, contra 23,1% no Marista e 21,3% no Bueno.
“Esse é um número muito alto para o Parque Amazônia, que é um setor com o foco atual das incorporadoras, inclusive com lançamentos de alto padrão”, explicou Ronal Balena.
No entanto, o valor do seu metro quadrado ainda é baixo, cerca de R$ 5.100, figurando apenas na oitava posição entre os bairros mais valorizados da capital. O Setor Marista continua possuindo o m² mais caro da cidade (R$ 7.600), seguido do Oeste (R$ 7.400) e do Bueno (R$ 7.100). Jardim América e Setor Aeroporto completam os cinco bairros com maior m² para apartamentos em Goiânia. A pesquisa completa pode ser conferida no site.
Entenda o índice
O Índice imobles© de valor do metro quadrado de apartamentos em Goiânia é calculado através de um banco de dados próprio. São mais de 50 construtoras e 200 empreendimentos que possuem os preços monitorados mensalmente para a composição do índice.
O Índice imobles© é baseado nos preços das tabelas das construtoras e não em anúncios. Isso traz um nível mais alto de precisão, pois os anúncios de grandes portais são, frequentemente, desatualizados, gerando uma série de erros que comprometem a análise. Os imóveis pesquisados têm valor acima de R$ 200 mil. Os empreendimentos acompanhados foram entregues nos últimos três anos ou estão, atualmente, em construção. O Índice é atualizado sempre na primeira semana de cada mês.