A partir dos anos 2000, pudemos vivenciar uma aceleração demasiada em nossa sociedade. Nós vivemos de forma acelerada, e por isso queremos viver intensamente uma vida cada vez mais longa. Como consequência, no campo profissional, acabou-se criando uma gama gigantesca de profissionais com enorme ansiedade e pessoas que usam o estresse para cumprir demandas cada vez mais intensas e cobranças cada vez maiores.
Esse nível de estresse, a quantidade de cortisol que provocamos em nosso corpo, certamente está criando um impulso que nos faz entrar em um estágio de esgotamento ou o que chamamos de: Síndrome de Burnout. Ela nos deixa completamente desconectados, incapazes, imóveis. Uma pessoa em burnout não consegue, muitas vezes, nem mesmo sair da cama, e essa é uma realidade cada vez mais presente no mundo corporativo: estamos criando uma geração de esgotamento.
Em contrapartida, podemos ver uma tendência de como viver melhor, ou seja, recuperar esse equilíbrio perdido diante de tamanha pressão provocada pela aceleração, pela nova revolução digital, por cobranças cada vez maiores, pela necessidade de inovar e responder as diversas responsabilidades e papéis que temos em nossas vidas, como o familiar, profissional, papel de amigo. Todos esse fatores acumulados, muitas vezes, podem fazer com que esse esgotamento se intensifique ainda mais. E como podemos lidar com tudo isso?
Estamos diante de um momento de inflexão, ainda mais agora com os efeitos da pandemia do coronavírus. É muito provável que, ao sairmos dessa fase, qualidade de vida e bem-estar passem a ser valores muito evidentes e presentes em nossa nova realidade. O que precisa ser feito é um toque de despertar, é deixar bem claro o que nós estamos fazendo para aniquilar nossa completa dormência e paralisação. Mas o que infelizmente ainda vemos com frequência no cenário corporativo são profissionais brilhantes, de bom caráter, completamente adormecidos.
Pensa-se na meta do final do mês, e agora, temos até meta da semana, não é mesmo? O nível de ansiedade de muitos CEOs é tanto, que agora já chegamos ao ponto de definir metas semanais, realidade de muitos profissionais! Existe uma grande preocupação em bater metas, pessoas sendo sugadas até chegarem à exaustão total, fato este que deixa muitos psicólogos extremamente preocupados, pois as pessoas podem chegar a um nível de estresse tão profundo, que se torna um quadro difícil de se reverter.
Isso pode afetar tanto o CEO quanto todos os outros colaboradores, o burnout não distingue cargos, idade nem gênero. Infelizmente, essa exaustão não está sendo suficiente para nos despertar como deveria, acabamos por levar esse esgotamento como parte de nossas vidas. A maneira de resolver isso é criar mecanismos para que o toque de despertar se dissemine ainda mais, para que a gente acorde. Nós fazemos parte de um TODO, e devemos nos consagrar com o TODO, temos inteligência de sobra para criamos uma nova forma de viver, com mais qualidade e em harmonia com a comunidade.