Planejamento Estratégico e Gestão de Riscos na Prática

Leo Moreira

Empresário e professor, mestre em Gestão de RH e inteligência de Negócios, MBA em controladoria e finanças, MBA em Gestão Empresarial, MBA em Gestão Empresarial e Serviços. Cursou técnicas de negociação na Harvard University (EUA) e Gestão de riscos e tomadas de decisões na Chicago University (EUA). Diretor e 1º vice presidente do Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação e Serviços Terceirizados de Goiás - SEAC-GO. Mestre em Administração de Empresas (Must University) e diretor da Acieg.
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(Foto: Pixabay)

Como é de nosso conhecimento, todo negócio tem um risco e cabe o empreendedor propor a melhor estrutura gerencial para minimizar perdas e evitar prejuízos. Afinal, “o negócio é seu e os riscos também”.

Destaco que a gestão de riscos é um ciclo contínuo que busca monitorar e comunicar as exposições de risco de uma empresa, tanto o risco vertical como o horizontal. Seu objetivo é ajustar os níveis de tolerância ao risco de forma apropriada e oportuna em resposta às mudanças no apetite ou na disposição para assumir riscos. É essencial administrar as estratégias correspondentes para responder a essas variações dentro de uma empresa.

Os responsáveis pelo gerenciamento de riscos e tomada de decisões dentro da empresa devem buscar uma forma objetiva de “medir e diminuir o impacto daquilo que não tem domínio ou entendimento” – ao invés de tentar prevê-los (riscos não empresariais).

Para isso e visando uma abordagem prática para quem gostaria de compreender minimamente o que está sendo exposto, entendo e proponho que, toda empresa deveria ser orientada por um planejamento estratégico com tomada de decisões coerentes e alinhadas com os ambientes (interno e externo), bem como com as circunstâncias que o negócio deverá propor para gerar riqueza, sem se exporem aos riscos e prejuízos indesejados.

Todos devem ter muito cuidado com uma expressão muito usada no mundo empresarial, que diz e garante que: “quanto maior o risco, maior o lucro”. Tal colocação é temerária se for defendida como algo “certo” e deve ser pautada com legitimidade apenas após uma análise minuciosa de todas as ações adotadas para garantir a lucratividade prospectada.

Não confundam um “plano de negócios com planejamento estratégico”, haja vista que o plano de negócio consiste em um documento base para descrever e demonstrar a viabilidade de um projeto e já o planejamento estratégico trata-se de um documento (guia) que deverá ser definido em um momento oportuno que precede as ações que serão impostas para alcançar as metas e objetivos do negócio/empresa.

O que quero dizer como isso? Não adianta o empreendedor investir em um plano de negócios viável sem planejamento estratégico ou elaborar um planejamento estratégico em um projeto, sem viabilidade. Ou seja, assumir riscos empresariais e financeiros que deveriam ser evitados.

Na minha opinião, e partindo do princípio que o projeto é viável e vantajoso ao empreendedor, todo planejamento estratégico deve possuir uma “estrutura mínima” com as seguintes informações:

Diagnóstico: Metodologia que será adotada na elaboração do documento com exposição do cenário macro e microeconômico que a empresa estará atuando, uma análise crítica da situação deste mercado quanto a competividade, rentabilidade, projeções de crescimento, riscos sistêmicos e afins. Desta forma, será estabelecido um modelo do ciclo de vida do setor e obviamente buscar determinar a estrutura e o ambiente em que uma empresa opera. Tal análise, ajuda a entender as tendências do setor com relação aos fatores de risco externos.

Stakeholders: Análise de todo público que influenciará a empresa (funcionários, representantes de classe, clientes, fornecedores, concorrência, órgãos reguladores e fiscalizadores).

Análise da Concorrência: Buscar definir pontos fortes e fracos dos principais concorrentes e propor plano de ações para obtenção e consolidação de diferenciais competitivos.

Forças Competitivas: Analise e definição dos pontos fortes, pontos fracos, oportunidade e ameaças. Devem ser evidenciados os riscos operacionais e financeiros nos pontos fortes e fracos (ambiente interno da empresa).

Posicionamento: Como a empresa irá se posicionar e espera ser percebida no mercado.

Público-alvo: Definir mercados específicos de atuação em três níveis. Primário (público principal/foco), secundário (atuação estratégica) e influenciadores (funcionários, parceiros comerciais, fornecedores e público em geral).

Missão (razão da sua existência) e Visão (onde deseja chegar)

Objetivo Geral e específicos a curto e médio prazo.

Plano de ação que projetam as perspectivas financeiras, de clientes, internas e de aprendizagem/inovação.

 – Ferramentas de Controle: Definição de medidas de controle para cada perspectiva: O que? Onde? Quem? Por quê? Prazo? Como? Custo/Investimento? Indicador?

Com as definições de boas estratégias e ferramentas de controle eficazes, espera-se que a gestão do negócio seja sempre guiada e previsível, bem como os riscos evitáveis sejam neutralizados.

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