Parte dos bares e restaurantes enfrenta dificuldade para se recuperar, aponta Abrasel

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Nova pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que a situação do setor de alimentação teve  leve deterioração no primeiro mês do ano, com muitas empresas ainda patinando para se recuperar dos tombos causados pela pandemia. A pesquisa ouviu 1477 empresas de todo o país e revelou que quase um quarto delas (23%) registraram prejuízo em janeiro, um crescimento de 4 pontos percentuais em relação ao resultado de dezembro. Outros 43% trabalharam com lucro (queda de 4 pontos) e 34% ficaram em estabilidade.

Além disso, a pesquisa revelou que 55% das empresas não estão conseguindo reajustar os preços conforme a média de inflação (que foi de 5,77% no período), sendo que 29% fizeram reajustes abaixo do índice e 26% não conseguiram fazer reajuste algum. Outros 35% aumentaram conforme a média e apenas 10% aumentaram o cardápio acima deste índice.

O presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, destaca a importância de o governo federal atentar para a piora do quadro, principalmente quanto às empresas que ainda sofrem os efeitos devastadores do período de restrições, com endividamento alto e pagamentos em atraso. Segundo ele, “em média, 10% do faturamento das empresas que tomaram empréstimos está sendo aplicado em pagar dívidas bancárias, um índice muito alto. Não à toa, a inadimplência em relação a empréstimos de linhas regulares já atinge uma em cada cinco destas empresas”.

A pesquisa ainda revelou que 66% das empresas têm hoje empréstimos bancários contratados. A inadimplência é de 21% entre os que tomaram dinheiro de linhas regulares e de 13% entre os que aderiram ao Pronampe (a média do programa no Brasil é de 5,2%). Além disso, em média 10,3% do faturamento das empresas que têm empréstimos está empenhado em pagar as parcelas. Para um terço delas (33%), está acima deste patamar (24% têm entre 11% e 20% do faturamento empenhados, e para 9% o percentual está acima de 20%).

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