Parceria impulsiona ação socioambiental em Goiás

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Opyt apoia Projeto Compostô, que difunde princípios de sustentabilidade e das técnicas de preservação ambiental em municípios goianos (Crédito da imagem: Divulgação)

Cerca de três mil municípios brasileiros, ou seja, mais da metade das nossas cidades, ainda têm lixões a céu aberto e, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), grande parte deles continua a ser utilizada para deposito de resíduos sólidos. Apenas em 2019, 29 milhões de toneladas de lixo foram descartadas de maneira incorreta no país, o que representa 40,1% do total produzido.

Existem metas para gestão do lixo no Brasil e, apesar de sido definida a data de 31 de março de 2022 para que os municípios apresentem projetos para não perderem verbas federais de saneamento, existe um longo caminho para que a Política Nacional de Resíduos Sólidos seja cumprida.  A maioria dos lixões estão em municípios pequenos, o que dificulta o processo devido à carência de recursos, mas o Centro-Oeste concentra apenas 153 destes depósitos, um número até otimista se comparado a outras regiões.

E foi em uma destas cidades pequenas, que ainda abriga um lixão ativo recebendo toneladas de resíduos diariamente, que nasceu o Compostô, projeto socioambiental que tem como objetivo difundir a prática da compostagem em municípios goianos, iniciando por Itauçu (GO) e Inhumas (GO). A proposta é transformar resíduos orgânicos em um adubo rico em nutrientes.

A Compostô surgiu de um sonho em comum de dois amigos engenheiros ambientais e, apesar de ser um projeto recente, encontrou eco em uma sociedade que está cada vez mais consciente da importância do cuidado com o meio ambiente. “Somos mediadores de um ciclo sustentável!”, explica Marcelo Jardim que é Engenheiro Sanitarista e Ambiental e um dos idealizadores do Projeto Compostô.

Pote Compostô (Divulgação)

Parceria Compostô e Opyt

“Recebemos o apoio de várias pessoas, empresas e poder público municipal, no entanto, o apoio institucional e pioneiro ao Projeto vem da Opty”, explica Marcelo. A empresa de provedor de internet com sede em Inhumas irá divulgar para os seus mais de 30 mil clientes, em doze cidades do estado, informações que contribuam com a conscientização sobre os cuidados que devemos ter com o nosso lixo, mas a adesão, por enquanto, poderá ser feita por aproximadamente 11mil residências.

A Opyt acredita que pequenas ações e, neste caso, mudanças de hábitos, podem sim contribuir para um mundo melhor, explica o diretor da Opyt, Chadi Chakra. Ele conta que cliente que aderir ao projeto terá vantagens e que para ativar a parceria estão iniciando com um novo modelo de capas de carnê que será usado como divulgação. Revela também que outras ações referentes à parceria virão em breve.

“Ficamos impressionados com a informação de que mais de 50% dos resíduos que vão para o lixão são orgânicos, o que gera contaminação do solo e nascentes, além da atração de pragas que se tornam vetores de doenças para a população”, explica Chadi.

Sabemos que o problema é antigo e que são muitos os obstáculos para que os órgãos públicos consigam resolver a questão sozinhos, por isso acreditamos no poder e na necessidade de parcerias como está, completa ele.

Como funciona na prática o Compostô!

Gustavo Bruno e Marcelo Jardim, idealizadores do Projeto Compostô (Divulgação)

Mediante a uma taxa mensal de 40 reais o associado recebe em casa um kit com balde e saco compostável feito de fibra de mandioca para armazenamento de resíduos orgânicos que serão coletados semanalmente. Todo o resíduo orgânico é levado para um pátio de compostagem, fechando então o ciclo da matéria da forma mais correta e ecológica possível produzindo o melhor adubo orgânico do mundo.

É enviado ao associado mensalmente um relatório com a quantidade de resíduo coletado, a quantidade de poluição que não foi gerada, e uma quantidade proporcional de adubo – fruto da compostagem – ou uma muda de hortaliça. É bom ressaltar que não haverá mau cheiro nem atração de insetos com o armazenamento dos resíduos já que os baldinhos ficam completamente vedados e todo esse processo é frequentemente monitorado.

Você gera, eu coleto e nós compostamos!

Existem vários projetos similares espalhados pelo Brasil.  Em Goiânia, existem três projetos parecidos, mas faltava essa mobilização no interior do Estado de Goiás. “Queremos fazer a diferença e mudar hábitos e costumes que geram impactos ambientais negativos.”, explica Gustavo Bruno que é engenheiro ambiental e co-idealizador do Projeto Compostô.

Para ele nós precisamos mais do que nunca repensar a forma como destinamos nossos resíduos orgânicos, já que o ciclo do alimento não deve ser enquadrado no ciclo do lixo. “Ter o apoio de uma empresa goiana e com tamanha competência e influência, como é o caso da Opty, eleva a discussão da preservação ambiental a um outro patamar. É isso que a Compostô busca. Somos felizes por ter a Opty com a gente!”, completa Gustavo.

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