Ação inédita que reúne entidades do Fórum Empresarial Goiano, sindicatos, federações e centrais de trabalhadores da indústria, do comércio e da agricultura, além da academia e representantes do setor cultural, o Movimento em Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos foi lançado na sexta-feira (20). A solenidade contou com a presença maciça de suas lideranças e representantes das categorias, que lotaram a sede da Federação dos Trabalhadores Assalariados Empregados Rurais do Estado Goiás (Fetaer-GO).
Em discursos, os líderes ressaltaram a importância da criação do grupo – que conta com 26 entidades e deve receber mais adesões – e do cronograma de ações previsto, com promoção de seminários em municípios que são polos econômicos do Estado para fazer um diagnóstico profundo dos desafios para o desenvolvimento econômico sustentado, atração e realização de investimentos privados e geração de novos empregos em Goiás, além de propor políticas de médio e longo prazos para o garantir a competitividade econômica do Estado.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio/GO), Marcelo Baiocchi, assinalou a união entre os empresários e os trabalhadores no movimento para criação de um melhor ambiente de negócios: “Hoje é uma data histórica, quando o Fórum Empresarial e o Fórum dos Trabalhadores juntam-se para defender uma única coisa: o ambiente de trabalho, o ambiente empresarial em Goiás, fortalecer os relacionamentos e as atividades. Isso vai gerar mais empregos”, pontuou.
“Esse movimento é importante para que nós possamos avançar com propostas para ajudar Goiás nesse momento de dificuldades econômicas. Surgiu com a ideia de fazermos, junto com os trabalhadores, reuniões para que a gente pudesse ter melhores propostas, ideias, levar ao governo estas ideias e, aí sim, formatar algo que pudesse ajudar no plano de desenvolvimento”, pontuou Otávio Lage Filho, presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial). André Luiz Rocha, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), disse que o movimento é a favor do Estado de Goiás e do Brasil. “Queremos e precisamos construir juntos políticas públicas para dar competitividade a nossas empresas. Para que elas posam gerar mais empregos e desenvolvimento socioeconômico”, disse.
O vice-presidente institucional da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Eduardo Veras, parabenizou a iniciativa e reforçou que o movimento tem um caráter desenvolvimentista. “Queremos formular políticas públicas e oportunidades para todas as regiões do estado, para todos os trabalhadores do Estado”, disse, ressaltando o trabalho de parceria da entidade na capacitação técnica de trabalhadores e produtores.
“Já estou há bastante tempo neste movimento e eu nunca vi tanta gente importante de Goiás, juntos, pelo mesmo objetivo”, ressaltou José Maria de Lima, presidente da Fetaer-GO, sobre a necessidade comum de apontar alternativas em reação a crise, que traz, por exemplo, preocupação com a manutenção de empregos e criação de novas vagas. Já Sandro Jadir, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), assinala que o projeto visa a atração de empregos e renda de qualidade nos municípios goianos.
“Vemos uma oportunidade de somar forças para mostrar, inclusive, o potencial do estado de Goiás, qualificação do nosso pessoal e de participar discussão de políticas governamentais que tem este intento”, pontuou. Já Pedro Luiz Vicznevski, que preside a Federação dos Trabalhadores das Indústrias nos Estados de Goiás, Tocantins e DF (Ftieg), disse que é importante os empresários e os representantes dos trabalhadores lutando juntos para que o desenvolvimento do Estado, a geração de emprego e a qualidade de vida.
Pauta
O reitor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira, também compareceu ao lançamento e ressaltou que está positivamente surpreso com a capacidade de agregação do movimento. “A reunião destas entidades pode pautar as ações necessárias para o desenvolvimento do nosso Estado”, afirmou. Ele disse que a UFG pode oferecer apoio nas pesquisas, na formação profissional e na inovação, atuando na concepção das políticas públicas. Vera Bicalho, diretora geral da Quasar Cia de Dança, grupo goiano reconhecido internacionalmente, disse que o movimento é importante para os agentes culturais que necessitam de incentivos para manter a produção artística e ampliar a promoção de cultura no Estado. “O que a gente precisa é fazer com que estes mecanismos de incentivos à produção funcionem efetivamente”.
O cronograma do Movimento prevê realização de seminários, a partir do dia 30 de setembro em Rio Verde, seguindo de Anápolis (07/10), Catalão (14/10), Itumbiara (21/10), Goianésia (24/10) e Goiânia (04/11). Serão abordados temas como inovação e tecnologia, meio ambiente, desburocratização, infraestrutura, crédito, incentivos fiscais, mercado de trabalho e qualificação profissional, entre outros. Após isso, propostas serão elaboradas, com as contribuições recebidas.
Criação
A ideia do movimento surgiu em maio, quando a Adial Goiás contratou pesquisas quantitativa e qualitativa para verificar o anseio dos goianos com relação à economia do Estado e a visão com relação aos incentivos fiscais. As pesquisas, feitas nos municípios mais industrializados do Estado, captaram um apoio de mais de 90% da população à adoção de políticas públicas que levem ao crescimento econômico, por meio da industrialização, incremento do comércio e do setor de serviços.
O levantamento do Instituto Fortiori captou também uma preocupação muito grande da população com a estagnação econômica e o aumento do desemprego nos municípios. O resultado das pesquisas foi apresentado primeiro ao governador Ronaldo Caiado, que estimulou o setor empresarial a promover discussões a respeito de estratégias para alavancar o desenvolvimento do Estado.
Em seguida, foi levado para as centrais e sindicatos de trabalhadores, que propuseram a união com as entidades patronais para promover o movimento para levantar propostas para que Goiás cresça economicamente com um ambiente propício a novos investimentos, gerando mais empregos de qualidade e aumentando a competitividade do Estado.
A academia e o setor cultural também foram convidados a participar pelo entendimento do grupo de que não é passível garantir desenvolvimento socioeconômico sem pesquisa e inovação, e também sem o estímulo à cultura e à inclusão social.
Entidades que integram o Movimento em Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos:
Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg); Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial Goiás); Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio); Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg); Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás (Facieg); Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial); Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg); Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB-GO); Federação dos Trabalhadores Rurais Empregados Assalariados de Goiás (Fetaer-GO); Federação dos Trabalhadores das Indústrias nos Estados de Goiás, Tocantins e DF (Ftieg); Federação dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Goiás (Ftiag); Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Força Sindical Goiás; Sindicato dos Policiais Federais em Goiás (Sinpef – GO); Federação das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Municipais do Estado de Goiás (FESSPUMG); Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo do Estado de Goiás (Sindipetros); Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) ; Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB); Fórum dos Trabalhadores de Goiás; Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL);Federação dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral de Goiás, Bahia e Tocantins (Fetramag); Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL); Confederação Nacional dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral e Logística (Conamm); Universidade Federal de Goiás (UFG); Instituto Federal de Goiás (IFG); Companhia de Dança Quasar.