Mercado imobiliário se rende ao digital e ferramentas serão permanentes

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Diferencial será marcado pela oferta de serviço desburocratizado e atendimento humanizado (Foto: Divulgação)

As inovações tecnológicas implantadas pelo mercado imobiliário para driblar os impactos impostos pela pandemia da Covid-19 vieram para ficar e devem continuar transformando as relações comerciais de aluguel e de compra de imóveis. Para este ano, diante do aumento da procura pela troca de imóveis causado pelo home office, que chegou a mais de 90% em uma imobiliária digital de Goiânia, tendência é que o setor ofereça mais opções para desburocratizar as negociações com o consumidor, desde que ofereça o diferencial do atendimento humanizado para atender a todos os perfis de clientes. Relatório Global Outlook 2021, da Mastercard, aponta que boa parte da participação que o e-commerce conquistou durante a pandemia no total de vendas do varejo veio para ficar. Expectativa é que de 20% a 30% das operações que migraram das lojas físicas para o meio digital durante o isolamento social vão ser permanentes quando o surto chegar ao fim.

Ferramentas disponibilizadas a um clique do usuário, como fotos 360º, tour virtuais, assinatura digital, financiamento imobiliário online, contato facilitado com corretores, pesquisa por voz, envio de documentação para locação e também compra de imóveis, além de serviço de delivery de chaves, impulsionaram a imobiliária digital Desenrola, pioneira do segmento a atuar em Goiânia, durante o isolamento social causado pelo coronavírus. Para se ter uma ideia, o volume de crescimento de buscas por imóveis para locação chegou a 91% em dezembro de 2020 se comparado com dezembro de 2019. Em números de transações concluídas, este índice é de 58%. 

Gerente nacional de Marketing da Desenrola, Thiago Ciaciare acredita que, cada vez mais, as jornadas de compras e aluguel de imóveis serão realizadas no universo virtual e, cada vez menos, no mercado denominado off – mídias em jornais, emissoras de TV, rádios, outdoor e panfletos, por exemplo.

“Antes, o setor imobiliário era totalmente analógico e foi obrigado a enfrentar uma transformação digital, acelerando a implantação de ferramentas tecnológicas que facilitaram e deram mais agilidade ao acesso remoto pelo consumidor”, observa. 

“Quando se pensa em compra de imóvel, acredito que esta aquisição pode ser considerada a mais importante que uma pessoa faz em sua vida. Então, com a tecnologia, é possível analisar detalhes, visitar o imóvel, saber características e diferenciais a um clique de distância, sem sair de casa. Todo o processo pode ser realizado totalmente online. Mas se, em algum momento do processo, o cliente desejar um contato presencial, estamos prontos para atendê-lo”, destaca Thiago, ressaltando que este é e será um dos grandes diferenciais entre os concorrentes.

“A tecnologia é nossa aliada, principalmente no atual momento em que vivemos. Mas oferecer o atendimento humanizado também é uma das nossas fortes características disponíveis para clientes que ainda preferem realizar transações imobiliárias com contato humano”, completa.

No portal da Desenrola, o cliente navega e encontra tudo o que se precisa sobre um novo imóvel em um só website, com características, fotos em 360º e tour virtual, entre outras facilidades. Na pandemia, novas ferramentas foram agregadas para facilitar ainda mais a pesquisa do cliente, como o Google Street View, que permite conhecer a nova rua e o bairro (farmácias, mercados, escolas, transporte público) sem precisar sair de casa, além de disponibilizar a lista de documentos necessários para fechar o negócio e delivery de chaves.  “Então, com a tecnologia, é possível analisar detalhes, visitar o imóvel, conhecer a vizinhança, saber características e diferenciais a um clique de distância, sem sair de casa.”

De outro lado, a plataforma digital também permite atendimentos pelos canais remotos, capazes de resolver todo o processo de locação e de venda, de forma presencial se o cliente desejar. “Como já atuávamos nesses moldes, passamos a oferecer mais opções cômodas aos clientes, mantendo em paralelo o atendimento humano, de papel, para aqueles que ainda preferem nestes modelos”, explica Thiago.

E-commerce

Relatório Global Outlook 2021, da Mastercard, aponta que boa parte da participação que o e-commerce conquistou durante a pandemia no total de vendas do varejo veio para ficar. Segundo o levantamento, a expectativa é que de 20% a 30% das operações que migraram das lojas físicas para o meio digital durante o isolamento social vão ser permanentes quando o surto chegar ao fim.

Ainda de acordo com o relatório da Mastercard, os gastos com comércio eletrônico aumentaram de 10% a 16% em seu pico, em comparação com os níveis anteriores à crise.

No Brasil, os efeitos do maior volume de vendas online também devem afetar a circulação de papel moeda. A projeção é que ocorra uma redução nas transações com dinheiro físico, em especial para reduzir riscos e custos associados ao armazenamento.

Segundo o presidente da Mastercard Brasil e Cone Sul, João Pedro Paro Neto, 46% dos brasileiros aumentaram o volume de compras online durante a pandemia e 7% realizaram uma compra online pela primeira vez.

“O brasileiro é muito receptivo a novas tecnologias. A tendência é que o e-commerce continue crescendo. A adoção pelas gerações mais antigas, a maior conveniência e os custos mais baixos para os consumidores, provavelmente, manterão a demanda digital sólida em 2021”, afirma.

“Essa mudança acelerada para o digital resultou no uso crescente de automação, nos conjuntos mais amplos de setores trabalhando em casa, e mais experiências sem contato”, diz Paro Neto. “A transformação digital poderá permitir a inclusão financeira, melhorar as receitas fiscais e melhorar a produtividade das empresas.”

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