Mercado imobiliário deve continuar aquecido em 2021

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A expectativa de um bom ano se deve ao crescimento do mercado no segundo semestre de 2020 (Na foto: Fachada do empreendimento Hub Compact Life da City [Divulgação])

A retomada do mercado imobiliário em Goiânia, no segundo semestre de 2020, contribuiu expressivamente para que o setor não sofresse tanto com os impactos causados pela pandemia da Covid-19. Na contramão de outros setores que tiveram redução significativa, o mercado imobiliário terminou o ano com um saldo positivo. A segunda parte de 2020 foi marcada com aumento no número de novos empreendimentos lançados e com o aumento nas vendas de unidades residenciais. 

A pandemia da Covid-19 fez com que o mercado imobiliário entrasse em um período de letargia entre os meses de março e maio de 2020. Houve uma queda de quase 19% nas vendas de unidades de habitação em Goiânia e Aparecida de Goiânia, quando se compara o primeiro semestre de 2020 ao de 2019, segundo pesquisa realizada pela Brain para Ademi-GO (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás). 

Mas, com a recuperação da atividade econômica, as vendas nos meses de julho, agosto e setembro mais que dobraram. O crescimento superou a casa dos 102% nesses meses em relação aos três meses anteriores.

“Passado o susto causado pela disseminação da doença, no início do ano, o mercado imobiliário conseguiu se recuperar muito rapidamente. Nossa empresa, por exemplo, emplacou dois recordes de vendas em 2020. Julho foi o mês em que vendemos mais unidades na história da empresa sem que houvesse nenhum novo lançamento. E em novembro chegamos à marca de maior vendas em um lançamento de um novo empreendimento na cidade”, afirma João Gabriel Tomé, diretor da City Soluções Urbanas. 

Pandemia despertou valorização da moradia

João Gabriel Tomé, diretor da City Soluções Urbanas (Divulgação)

O cenário positivo do mercado imobiliário pode ser explicado pela valorização das residências, segundo ele. Com a pandemia, as pessoas foram obrigadas a passar mais tempo em casa, o que levou a procura por imóveis que se adequassem mais à realidade de cada família. Para atender essa demanda do mercado, as empresas do ramo tiveram que se adequar a essa nova realidade.

“Em julho tivemos que replanejar nossa empresa e o calendário de nossas atividades. Esse olhar sensível ao mercado e às pessoas, nos possibilitou crescer em número de vendas e de faturamento. Fechamos o ano com aumento de 38% nas vendas, em relação ao ano passado”, comenta. 

João Gabriel Tomé afirma que o mercado imobiliário deve continuar crescendo também em 2021. A pandemia alterou significativamente o olhar que as pessoas têm para a residência delas. Essa mudança de comportamento deve incentivar o lançamento de novos empreendimentos na região metropolitana, com foco nesse nicho de compradores. “Em 2020, mesmo com a pandemia da Covid-19, nós lançamos dois empreendimentos em Goiânia e planejamos o lançamento de mais três já no primeiro semestre de 2021. As famílias estão buscando fazer esse up grade nos lares”, comenta ele. 

As empresas devem entrar no novo ano com equipes maiores e com mais lançamentos. Isso vai impactar diretamente na retomada do crescimento e restauração da economia brasileira e goiana, é o que espera João Gabriel Tomé. “As vendas fizeram com que a construção civil se recuperasse muito rápido. Isso nos leva a ter otimismo para 2021. As expectativas é que vamos ter mais um ano bom para o mercado imobiliário”, comenta. 

Com esse otimismo, a City Soluções Urbanas planeja para 2021 novos projetos que estão sob demanda na cidade e que não faziam parte das opções do portfólio da empresa. “Vamos lançar produtos que não temos em nossa prateleira. Um dos lançamentos é o Terraço Bougainville, que vai atender o consumidor que busca imóveis que estejam na faixa de 200 a 250 metros quadrados na cidade”, explica João Gabriel.

Imóveis estão entre os mais procurados para investir

Com a queda da taxa de juros para financiamento para moradia e a redução da taxa selic, outros tipos de produtos para investimento financeiro, como a renda fixa, deixaram de ser atrativas e o imóvel voltou a ser um dos investimentos mais seguros e rentáveis do momento. 

João Gabriel afirma que a procura desse perfil de cliente cresceu muito nos últimos seis meses, com foco em imóveis com apenas um quarto.

“Em um semestre, foram vendidos mais de mil apartamentos em Goiânia com apenas um dormitório. Esse padrão de imóvel caiu no gosto do investidor que visa destiná-lo para atender o mercado de aluguel. Esse nicho de vendas cresceu 30% em um ano”, diz. 

Outro ponto que chama atenção é que jovens de até 30 anos têm buscado cada vez mais investir  no mercado imobiliário. Pedro Mascarenhas, corretor de imóveis, que tem 29 anos, é um dos exemplos dessa geração que investe no mercado imobiliário. Ele se tornou investidor há alguns anos para não deixar o dinheiro parado na poupança. Inicialmente apostou na bolsa de valores e recentemente percebeu que o mercado imobiliário era uma opção mais atrativa. “A princípio, busquei áreas mais tradicionais como a renda fixa. Mas, com a queda da taxa Selic, em 2020, esse produto se tornou menos atrativo para mim e, ao analisar o mercado desse ano, decidi partir para o mercado imobiliário”, explica ele.

Mesmo em um momento de crise, o corretor conseguiu investir na aquisição de dois imóveis. O último foi o HUB Compact Life, que está sendo construído no Setor Bueno em Goiânia.

“Eu escolhi esse empreendimento porque os apartamentos compactos atendem às necessidades do público que mora sozinho ou vem à cidade para passar alguns dias por conta do trabalho. Além disso, o prédio ficará em uma região da cidade mais centralizada e que possui uma gama de serviços bem completa”, complementa Pedro. 

A pedagoga e gerente de vendas Josiane Lacerda, de 26 anos, é outro exemplo de jovem investidora. Ela se despertou em 2020 para investir parte dos seus rendimentos mensais. Atenta ao mercado e às condições de compra facilitadas, também adquiriu uma unidade no HUB Compact Life.

“Esse tipo de produto tem chamado atenção nos últimos anos pela alta de demanda para o aluguel ou para locação por temporada. Ao comprar um apartamento em uma região bem localizada, eu tenho certeza que o investimento feito terá retorno garantido em pouco tempo”, comenta ela.

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