Maple Bear Goiânia representa Goiás no maior torneio de robótica do Brasil

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Alunos seguem em rotina de preparação para a competição que será realizada nos dias 6 e 7 de dezembro, no Maranhão (Divulgação)

A equipe de robótica da Escola Canadense Maple Bear Goiânia foi a única goiana classificada para a etapa nacional do FIRA Brasil e representará Goiás na principal competição de robótica do país. O torneio, que mobiliza estudantes apaixonados por tecnologia e inovação, é filiado à FIRA RoboWorld Cup, conhecida como “a Copa do Mundo da robótica”. Os alunos seguem em rotina de preparação para a competição que será realizada nos dias 6 e 7 de dezembro, no Espaço Black Swan, em São Luís, no Maranhão. A terceira e última fase será disputada em Dubai, em 2022.

Goiás será representado pela equipe S.T.A.R.T., grupo que reúne estudantes com idades até 14 anos. Para conquistarem a vaga na etapa nacional os alunos se destacaram na execução de duas missões. Na modalidade “Desafio Impossível” eles programaram um robô que, no menor tempo possível, atendeu a comandos para virar à esquerda e à direita, marcou gols, detectou um peso e ainda conseguiu colocá-lo sobre uma plataforma. O bom desempenho das equipes trouxe aos alunos a nota máxima na categoria.

A segunda missão foi na modalidade “Cabo de Guerra”. Os jovens competidores foram convidados a programar robôs capazes de deslocar pesos de um ponto a outro. Eles conseguiram mover um peso de 7 kg e outro de 5 kg na distância estipulada pela organização do evento em apenas 4 segundos. No FIRA Brasil, há robôs LEGO, mas também humanóides que correm, jogam futebol e realizam atividades similares. Os alunos da Maple Bear Goiânia programaram robôs LEGO.

Segundo o professor e técnico das duas equipes, Flamarion Moreira, a participação dos alunos no FIRA Brasil é positiva por motivos que vão muito além do título de campeões. Para realizar os desafios propostos, eles precisam desenvolver habilidades de concentração, planejamento, trabalho em equipe, gestão emocional, além da superação dos próprios limites. 

“O principal é que eles aprendem a sonhar, a desejar algo e a buscar formas de conquistar. Isso vale mais que qualquer premiação. O estímulo envolve o senso crítico, o processo criativo, as intervenções na criação de outros panoramas, o que acaba por incentivar todos os alunos da instituição ”, acrescenta o professor, que também é mentor da equipe goiana de robótica premiada pela Universidade da Nasa, em 2019, pela invenção do chiclete de pimenta criado para astronautas.

Robótica na escola

A robótica educacional é uma metodologia ativa que utiliza a tecnologia no processo de aprendizagem. É um recurso pedagógico que contribui para o desenvolvimento do aluno em sua jornada escolar. Segundo a diretora da unidade Maple Bear Marista III, Sabrina Oliveira, as crianças são estimuladas a desenvolver pensamento computacional já no final da Educação Infantil e no Ensino Fundamental II eles começam a participar de aulas semanais em que aprendem a construir e a programar robôs.

“A Maple Bear Goiânia tem a intenção de inserir uma terceira língua na instituição, que é a linguagem tecnológica. Queremos que alunos e professores desenvolvam uma linguagem que traga a naturalidade do uso da tecnologia do dia-a-dia. Incorporar isso às nossas práticas vai tornar natural falar, fazer e pensar tecnologia na nossa escola”, declara ela. 

Além da programação em si, os alunos da instituição são estimulados ampla e rotineiramente a resolver problemas complexos, a integrar conhecimentos interdisciplinares, a serem criativos, praticarem a liderança e, ainda, a expandirem o interesse por temas ligados à ciência e à inovação. 

De acordo com Sabrina, os estudantes são motivados a desenvolver o conjunto de capacidades que o Fórum Mundial entende como “as habilidades do século XXI”, se tornando, assim, cada vez mais preparados para um futuro que ultrapassa a busca de vagas no mercado de trabalho.

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