Empresários do comércio varejista em Goiás podem abrir as lojas nesta segunda (15) e terça-feira (16), mas sem convocar os empregados para dar expediente. É o caso, por exemplo, daquelas empresas de menor porte, em que todo o atendimento é feito pelo próprio empresário ou por seus familiares e sócios. Foi o que recomendou nesta quinta-feira (11) o presidente do Sindilojas-GO (Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás), Eduardo Gomes dos Santos.
Ele se pronunciou em entrevista para comentar a decisão do sindicato dos comerciários, o Seceg, de rejeitar a proposta dos empresários de transferir para outra data os dois dias de folga que os empregados desfrutam, historicamente, na segunda e terça-feira de Carnaval.
“O Sindilojas-GO recomenda todos a abrir, desde que abram com o empresário ou com seus familiares; pode fazer isso, observando, claro, as regras de horário de cada município”, afirmou Eduardo Gomes.
O líder classista explicou que essa autorização, no caso, não depende do sindicato laboral. Segundo ele, a entidade representativa dos comerciários só pode definir a convocação dos empregados. Então, se não convocá-los nos dias 15 e 16, as lojas podem abrir.
Há semanas o Sindilojas-GO vem apresentando ao Seceg propostas para manter o direito dos comerciários de desfrutar das 48 horas de folga em outra data fora do Carnaval. O sindicato patronal reconhece a legalidade das folgas, mas sugere ao sindicato laboral a reconsideração da data por se tratar, neste ano, de um evento atípico, o da pandemia de Covid-19.
Na entrevista, Eduardo Gomes argumentou que “os próprios governos, tanto estadual quanto municipal, no caso, por exemplo, de Goiânia, já suspenderam o ponto facultativo por entenderem que esse é um momento de enfrentamento à pandemia, em que se deve evitar as aglomerações nas festividades típicas do Carnaval.” Nas palavras do presidente do Sindilojas-GO, “o momento requer um sacrifício de todos para colaborar com o Brasil, também, na retomada da economia e na manutenção dos empregos”.