O aluguel hoje é uma tendência no mundo inteiro por conta do aumento dos preços dos imóveis. A população mais jovem cada dia mais opta pelo aluguel à compra do ativo. No Brasil, apenas 25% das residências urbanas são alugadas, contra 40% nos EUA. Em Nova York, esse número salta para 60% e os preços dos aluguéis na cidade não param de subir: estão 36% mais altos em relação ao ano passado e 15% a mais se comparados com o período que antecedeu a pandemia.
De olho neste mercado, a Nau Capital, multi-family office que direciona capital e inteligência para otimizar, perpetuar e preservar patrimônio, trouxe para seus investidores uma tese que aposta no momento imobiliário de Nova York. Trata-se de captar recursos para um fundo que adquire, reforma, aluga e, posteriormente, vende prédios residenciais com não mais do que 10 apartamentos, bem localizados, com bom acesso ao transporte público, e em áreas que são historicamente resilientes a todo tipo de crise.
“Em 2021, a NAU alocou R$ 55 milhões nessa tese de investimento em imóveis em Nova York e os investidores goianos entraram com R$ 10 milhões”, conta Lucas D’Alcantara, sócio da Nau Capital, que acaba de abrir uma representação do escritório em Goiânia em sociedade com Paulo Cardoso. Esse fundo já vendeu um dos prédios com uma TIR de 43%.
“Agora, vamos para uma nova rodada dessa operação, alocando R$ 70 milhões e esperamos uma parcela de R$ 15 milhões de investidores goianos.”
O fundo de investimento recomendado pela Nau Capital, RBR Club 3, é da RBR Asset, que tem R$ 1 bilhão de ativos sob gestão alocados na área internacional. Dona também dos fundos RBR Club 1 e 2, ela tem 41 prédios e 450 apartamentos em NY, e desenvolve parcerias com nove empreendedores locais. Os fundos têm prazo de cinco anos e apresentam expectativa de rendimento, em média, 15% líquido ao ano em dólar.
Lucas destaca que, recentemente, por falta de opção, a maioria das famílias e empresários de Goiânia consolidavam seus investimentos com os grandes bancos. “Mas esse quadro está se modificando com a chegada de escritórios especializados, principalmente aqueles com uma atenção especial para o ilíquido”, explica o sócio da Nau Capital, que tem R$ 2,5 bilhões sob gestão.
“Auxiliar o cliente com gestão financeira é cada vez mais uma commodity, pois todos os agentes têm plataforma. Nesse ambiente de juros altos, o que faz brilhar os olhos dos clientes são soluções alternativas diferenciadas e criativas.”