Por Danilo Brito

Muito se fala de inovação aberta ou inovação fechada, então hoje a conversa vai ser um pouco diferente.

A inovação é aberta quando o processo para inovar dentro de uma empresa conta com recursos externos, parcerias. Sejam elas agências de inovação, acadêmicos, governo, startups, o resultado é mais rico e com menos chance de erros ou vieses.

É como o ditado, “duas cabeças pensam melhor que uma”. E quando se tem opiniões e expertises externas, os erros que costumam acontecer em equipes de pessoas de uma mesma bolha, perdem quase que totalmente a chance de serem cometidos.

No Brasil, um dos nossos grandes cases de sucesso é a Natura Startups. A iniciativa analisa diversas soluções diariamente, conectando startups que se inscrevem no programa, com grandes empresas. Já foram estabelecidas parcerias com mais de 40 dessas startups, cujas soluções estão em harmonia com as dores de alguma das marcas do grupo Natura &CO.

Dentre as parceiras da Natura Startups, aparecem nomes como Mete a Colher, Zenklub e Waggl. Plataformas voltadas para o bem estar e saúde públicos, e a evolução das pessoas. A Waggl contou inclusive com crowdsourcing em seu desenvolvimento, para evitar vieses.

Porém, para que esse sucesso aconteça, a comunicação e disciplina de todos envolvidos precisam ser completamente funcionais. Todas as partes precisam estar sempre atualizadas do andamento do processo, e seus objetivos e valores devem estar de acordo com os da empresa parceira, ou contratante.

Esses pontos fazem toda a diferença no momento de inovar de forma inteligente. Mas pode ter te surgido a pergunta “onde entra a inovação fechada?”.

A diferença das duas é que, na aberta, é necessário o compartilhamento de dados e informações que nem sempre se quer compartilhados. Enquanto na inovação fechada, a pesquisa e desenvolvimento de soluções acontece apenas com recursos e funcionários da própria empresa.

Aqui é o ponto em que a conversa muda. Não se trata de “ou”, mas de inovação aberta e inovação fechada. É bastante visto internet afora a inovação aberta e inovação fechada colocadas como “2 caminhos para inovar”. Mas será que são apenas dois caminhos mesmo? E será que estão realmente tão distantes entre si?

Se tornou comum que uma pesquisa comece com inovação aberta e, no final do percurso, volte para dentro da empresa para ser terminada e implantada em um processo de inovação fechada. As duas formas de inovar não devem ser contrastantes entre si. Ambas cabem em momentos diferentes da operação e podem se complementar.

É tudo uma questão de avaliar os recursos que se tem disponíveis com um mindset de “como aproveitar ao máximo o que tenho à minha disposição?”. São milhares de ferramentas, facilitadores e tipos diversos de processos existentes hoje dentro do universo da tecnologia. Quais deles podem te levar mais longe?

Fazer essa pergunta é o primeiro passo para o objetivo!

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Danilo Brito

Estrategista sênior na QTC.ONE.
Conduzo empresas a entregar serviços mais relevantes para as pessoas, rentáveis ​​para o negócio e sustentáveis ​​para o planeta.