Em junho de 2020, a produção industrial goiana avançou 0,7% frente a maio do mesmo ano (série com ajuste sazonal), sendo o terceiro aumento do ano consecutivo. Em 2020, a indústria goiana só teve retração no mês de março, quando se iniciaram as medidas de isolamento social. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que divulgou hoje (11) os resultados referente ao mês de junho de 2020 da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF).
Na comparação com junho de 2019, a indústria goiana cresceu 5,4%, sendo o maior avanço no ano e também o maior do país, mostrando assim que o mês de junho de 2020 é melhor que o de 2019, mesmo com pandemia. Já em nível nacional, a produção diminuiu 9,0%, sendo a oitava queda consecutiva da série histórica. Se por um lado os índices da indústria nacional foram negativos tanto para o fechamento do segundo trimestre de 2020 (-19,4%), como para o acumulado do primeiro semestre do ano (-10,9%), por outro lado, a indústria goiana já obtém um acumulado de 0,9% no primeiro semestre do ano.
Em junho de 2020, 14 dos 15 locais pesquisados tiveram taxas positivas na comparação com maio, na série com ajuste sazonal. Os maiores avanços foram no Amazonas (65,7%) e no Ceará (39,2%). Rio Grande do Sul (12,6%), São Paulo (10,2%) e Santa Catarina (9,1%) também mostraram expansões mais intensas do que a média nacional (8,9%).
Entretanto, , apenas dois Estados possuem acumulado no ano positivo, mostrando que nesses locais a indústria no primeiro semestre de 2020, foi melhor que o de 2019. Os únicos locais que possuem acumulado positivo no ano são Rio de Janeiro (2,3%) e Goiás (0,9%).
Resultado por segmentos
Para entender melhor a variação de 5,4% da indústria goiana em junho de 2020 em relação a junho de 2019, a tabela abaixo mostra a variação por segmento da indústria. As principais variações positivas foram observadas na fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (19,2%), sendo o maior aumento desde outubro de 2019 (20,5%); seguido da fabricação de produtos alimentícios (10,7%), sendo o melhor resultado desde maio de 2019 (16,4%); e da fabricação de produtos de minerais não-metálicos (3,5%), sendo o primeiro resultado positivo, depois de três quedas consecutivas.
Os produtos que mais influenciaram para o resultado em cada setor foram medicamentos para a primeira, açúcar vhp e açúcar cristal para a segunda e misturas betuminosas fabricadas com asfalto ou betumes e cimentos “Portland” para a terceira.