Indústria goiana atinge o melhor patamar dos últimos 11 meses

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A alta se deu principalmente pela fabricação de outros produtos químicos, minerais não-metálicos, alimentícios, farmoquímicos e farmacêuticos (Imagem: Pixabay)

Em setembro de 2020, a produção industrial goiana variou 0,4% frente a agosto do mesmo ano (série com ajuste sazonal). Com esse aumento, a indústria do estado atingiu o melhor patamar dos últimos 11 meses. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) referente ao mês de setembro/2020, divulgada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com setembro de 2019, Goiás avançou 5,3%, quinta taxa positiva, indicando novamente que, mesmo com a pandemia, a indústria goiana teve o mês de setembro de 2020 melhor que o mesmo mês do ano passado. No acumulado no ano de 2020, a indústria goiana teve crescimento de 2,5% em relação a 2019, o melhor resultado do país.

A produção industrial nacional avançou 2,6% na comparação com o mês anterior e apresentou uma produção 3,4% maior que o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, porém, a indústria nacional está 7,2% abaixo do acumulado no ano (até setembro) de 2019.

As atividades que tiveram os maiores avanços foram a fabricação de outros produtos químicos (19,2%); a fabricação de produtos de minerais não metálicos (17,2%) e a fabricação de produtos alimentícios (11,9%), também apresentando o maior crescimento desde maio de 2019 (16,4%).

Os produtos que tiveram mais influência para o crescimento dessas atividades foram adubos ou fertilizantes minerais ou químicos (com nitrogênio e potássio), adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio, superfosfatos e fosfatos de monoamônio; misturas betuminosas fabricadas com asfalto ou betumes, cimentos “Portland”, massa de concreto e telhas de cerâmica; e, açúcar cristal, açúcar VHP, extrato, purês e polpas de tomate,
leite esterilizado e milho preparado ou conservado respectivamente.

Por outro lado, as atividades que apresentaram maiores quedas de produção foram a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-35,3%); seguida da fabricação de produtos de metal, exceto
máquinas e equipamentos (-22,9%) e a metalurgia (-10,3%).

Resultado nacional

Com altas em 11 dos 15 locais pesquisados entre agosto e setembro, o setor industrial vem ampliando o retorno à produção, após as paralisações devido à pandemia de Covid-19. Nove estados recuperaram em setembro o patamar de produção pré-pandemia: Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Pará, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

São Paulo, estado com o maior peso na indústria, teve também o principal impacto positivo no índice nacional do mês (2,6%). E, com queda de 3,1%, o Rio de Janeiro foi o principal impacto negativo na indústria nacional. Pernambuco, que havia recuperado as perdas da pandemia em agosto, teve queda de 1,3% na produção de setembro, ficando 0,3% abaixo do patamar de fevereiro.

Na variação acumulada no ano, Goiás possui o melhor resultado (2,5%), seguido do Rio de Janeiro (2,2%) e Pernambuco (1,8%). Os três estados são as únicas unidades investigadas com acumulado positivo, enquanto o Espírito Santo lidera as quedas no ano com acumulado de -18,0%.

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