A Stellantis, dona das marcas Fiat, Jeep e RAM, entre outras, passará a aceitar grãos, como soja, para pagamento de carros novos. Esse tipo de operação tem valor calculado de acordo com a cotação da commodity no dia da compra. A prática é conhecida pelo termo barter trade (troca ou permuta, em português). O projeto piloto contempla 1.200 produtores rurais no país. Dessa forma, começa pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Bahia, Paraná e Pará.
O objetivo é, por meio da nova modalidade, potencializar as vendas da Stellantis ao setor do agronegócio. Outro ponto do negócio visa fortalecer laços comerciais com este importante mercado. É o que mais cresce no País. O agronegócio brasileiro corresponde hoje a mais de 21% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, tem destaque nas exportações. E na geração de superávit na balança comercial.
“Essa parceria inovadora incrementará as vendas da Stellantis no setor do agronegócio. E permitirá aos produtores rurais a renovação de frotas, assim como a aquisição facilitada de veículos. A modalidade barter trade será uma maneira ágil para fomentar negócios com produtores rurais. Uma vez que utilizará uma modalidade de pagamento com a qual já estão familiarizados. É um modelo de negócio que oferece segurança. E previsibilidade”, afirma Fabio Meira. Ele é o diretor de vendas diretas da Stellantis.
Modelos que aceitam pagamento com soja
Os profissionais selecionados poderão comprar veículos pré-determinados. A Fiat oferece as picapes Toro e Strada (exceto a versão Volcano). E o furgão Fiorino. Já a Jeep oferecerá — no programa Barter é Jeep — os modelos Renegade, Compass, Grand Cherokee e Wrangler. Por fim, a RAM (Barter RAM) disponibilizará as picapes 1500 e 2500.
De acordo com o grupo, as operações barter trade se baseiam na troca de mercadorias. Porém são mais complexas do que a prática de escambo. A transação ocorre envolvendo a definição do valor do bem, a cotação básica da commodity agrícola usada como pagamento, o seguro, bem como a aquisição do bem. Por fim, há a liquidação financeira.
Com informações do Jornal do Carro – Estadão