Ex-alunos criam fundo para levantar recursos para escolas de engenharia da UFG

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O Sicoob Engecred-GO é o mais novo parceiro da Amigos do Brasil Central, entidade que instituiu o Fundo Patrimonial Amigos do Brasil Central, cuja finalidade é ser uma fonte perene de recursos para os estudantes de engenharia da Universidade Federal de Goiás (UFG). O fundo visa prover recursos para financiar projetos de ensino das escolas de engenharia Elétrica, Mecânica, Computação, Civil e Ambiental, sempre observando as melhores práticas de governança e transparência.

Um dos fundadores da associação, o engenheiro mecânico Pedro Henrique Soares de Almeida, 27 anos, disse que a ideia é fomentar o desenvolvimento da região Centro-Oeste por meio de novos investimentos em inovação e ensino. “Os recursos serão aplicados no financiamento de projetos, cursos e palestras voltados ao desenvolvimento da engenharia”, revela o jovem, que ocupa o cargo de diretor presidente na entidade.

O Fundo Patrimonial Amigos do Brasil Central não tem fins lucrativos e foi instituído ano passado. O patrimônio do fundo será formado com recursos oriundos de doações de pessoas físicas e jurídicas, tendo como característica principal a criação de uma estrutura de longo prazo para fomentar a inovação e a educação de ponta na UFG, sempre com a participação ativa da sociedade.

A entidade goiana se espelha nas boas práticas do Fundo Patrimonial Amigos da Poli, vinculado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Desde 2009, quando foi fundada, a associação acumula patrimônio de R$ 28 milhões, já financiou 113 iniciativas e soma R$ 2,9 milhões em assistência financeira aos estudantes de engenharia. No exterior, outra prática exemplar é o Fundo Patrimonial da Universidade de Harvard (EUA), que acumula patrimônio de US$ 37 bilhões (R$ 150 bilhões).

A Universidade Federal de Goiás fechou 2019 com déficit aproximado de R$ 22 milhões – o equivalente a três meses de despesas correntes. “As escolas de engenharia (EMC e EECA) da UFG não têm quase nada pra investir. Por isso é importante a criação de um fundo para ajudar a alavancar o ensino e a pesquisa na instituição”, afirma o também fundador da associação Amigos do Brasil Central, o engenheiro de computação Lucas Ribeiro de Almeida, 29, que ocupa o cargo de presidente do Conselho Deliberativo da entidade.

O Fundo

O Fundo Patrimonial Amigos do Brasil Central é composto por doações, especialmente de ex-alunos, empresas do segmento de engenharia e demais interessados. Para manter-se perene, o patrimônio do fundo é investido, e apenas o rendimento dos investimentos é aportado nos projetos, sempre buscando preservar o poder de compra das doações recebidas no longo prazo. Os recursos serão investidos em aplicações no Sicoob Engecred-GO.

“Por ser uma instituição reconhecida por sua credibilidade, é muito importante para a Amigos do Brasil Central estar ligada ao Sicoob Engecred-GO, pois os nossos doadores sentirão mais segurança e seriedade no projeto”, frisa Lucas Almeida.

A escolha dos projetos que receberão aporte será por meio de editais, especialmente nas linhas de laboratórios, projetos extracurriculares de alunos, cursos para professores e bolsas para cursos no exterior. Serão apoiados os projetos com capacidade de agregar maior valor para as escolas de engenharia da UFG e, especialmente, que consigam aproximar o estudante do mercado de trabalho.

Diretor presidente do Sicoob Engecred-GO, Fabrício Modesto Cesar, reforça a necessidade de aproximar os jovens engenheiros do mercado de trabalho. “Todo o desenvolvimento tecnológico que o Brasil precisa para voltar a crescer passa pelo setor de engenharia. Por isso, quanto mais qualificados esses jovens deixarem a faculdade, mais valor eles vão poder agregar ao país e ao seu próprio futuro.”

Presidente do Conselho de Administração do Sicoob Engecred-GO, Argemiro Mendonça, que se formou na Escola de Engenharia da UFG, lembrou que a cooperativa sempre buscou interação com jovens profissionais do setor. “Nossa instituição foi constituída por engenheiros e acreditamos que, para ela se perpetuar, será necessário o envolvimento de jovens profissionais. Por isso, valorizamos o relacionamento com as instituições de ensino. Sem falar que o cooperativismo de crédito tem a prerrogativa de favorecer o desenvolvimento de negócios, especialmente os novos negócios, trazendo melhores resultados para os envolvidos”.

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