O pleito eleitoral dos concorrentes à Prefeitura de Goiânia traz, em sua maior parte, discussões sobre a necessidade de atualização do Plano Diretor da capital. O existente, de 2007, condizia, claro, com a realidade da época. Agora, 13 anos depois, tem- se a necessidade de moderniza-lo para acompanhar o ritmo da capital, marcado pelo dinamismo e crescimento.
Para que Goiânia evolua e atinja seus anseios de ocupar, por exemplo, o ranking das dez melhores cidades em qualidade de vida, o desenvolvimento econômico deve andar de mãos dadas com os governantes e cidadãos. “O Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico foi criado para que a sociedade civil contribua no planejamento para o desenvolvimento sustentável da capital e região metropolitana”, diz Ioav Blanche, coordenador da Câmara Técnica de Urbanismo do CODESE Goiânia.
Segundo ele, discutir e atuar diretamente nos projetos que visam a evolução econômica de Goiânia é vital para que a capital se destaque ainda mais e seja referência no País. E é por isso que rodadas de conversas estão sendo realizadas com os candidatos à Prefeitura de Goiânia para entender quais são as perspectivas e metas plausíveis e alcançáveis.
Em pesquisa apresentada pela Brain Inteligência Estratégica, a capital registrou baixa evolução do PIB nos últimos anos, uma vez que, no Plano Diretor atual, há a limitação das atividades econômicas realizadas na capital. Para Ioav, a mudança quanto a isso precisa ser realizada urgentemente, uma vez que a presença dessas empresas é fator decisivo para a evolução econômica de Goiânia.
“O plano atual traz limitações que fazem com que seja inviável a instalação de indústrias e centros de distribuição em Goiânia. Hoje, qualquer atividade com mais de cinco mil metros quadrados exige uma aprovação demorada e burocrática”, explica Ioav.
Interesse
Quando o assunto é interesse de grandes indústrias e centros de distribuições, Goiânia é uma das cidades no País mais requisitadas, uma vez que apresenta bom índice de desenvolvimento humano e poder aquisitivo de seus moradores em ascensão. De acordo com o levantamento, a perspectiva é de que, até 2025, Goiânia atinja a marca de 1.678.076 habitantes. Isso faz com que a capital, com 1,7% de crescimento, ultrapasse a média de 1,1% registrada no País.
“É uma boa cidade, com bons índices, com projeção e metas que podem ser alcançadas com os incentivos e programas certos. Quando se avalia o desenvolvimento de uma cidade, leva-se em conta os grandes polos de fluxo de pessoas, que são escolas, comércios, centros de saúde. É por isso que termos bons governantes, que olham para esses polos, é extremamente importante para a evolução das regiões, que trazem consigo empreendimentos de moradias horizontais e verticais, investimentos, de fato, que somam positivamente para a capital”, comenta Ioav.
O ideal
Atualmente, as indústrias goianas respondem por 14% do PIB. O ideal, segundo Ioav, é algo em torno de 20%. “Além disso, é preciso que tenhamos políticas que sejam atrativas para essas empresas se instalarem aqui”, destaca.