Espaço Estar Bem oferece protocolo da USP para tratar dores crônicas

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Tratamento não invasivo e acessível que combina ultrassom, laser e pressão negativa agora está disponível em Goiânia e Catalão (Na foto: Tratamento fotossônico nas mãos para fibromialgia / Divulgação)

Parece mágica, mas é a ciência brasileira em ação. Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP), desenvolveram protocolos de tratamento para dores crônicas que, segundo estudo feito na Santa Casa de São Carlos, podem trazer melhora a diversos quadros de dor. “A percepção da dor é algo subjetivo, mas os equipamentos e protocolos criados pelos pesquisadores da USP apresentaram resultados promissores na diminuição da dor dos pacientes que participaram das pesquisas”, explica o fisioterapeuta, doutor em Saúde Coletiva e diretor técnico do Espaço Estar Bem, Carlos Magno Neves.

A lista de patologias que podem ser tratadas é extensa: fibromialgia, tremores de Parkinson, dores na coluna e outras articulações, hérnia de disco, lesões musculares, distensões, estiramentos, tendinites, lesões de ligamentos (entorses ou luxações), bursites, artrites, artroses, inflamações ou dores nos nervos (neurite e neuralgia) e outras dores. Os aparelhos são aprovados pela Anvisa.

Impactos emocionais no quadro de dor

“Nós não tratamos patologias, tratamos pessoas. E o fator emocional influencia em diversos aspectos da vida. Quando a pessoa vive com dor, ela começa a evitar movimentos que piorem essa sensação ou deixa de fazer atividades de vida diária, lazer ou mesmo trabalho. E isso afeta seu estado emocional, pois a dor se torna um limitante na vida da pessoa”, explica Carlos Magno.

Algumas situações emocionais também podem gerar dor ou piorar um quadro existente. Tensões ou pressão na vida social, pessoal ou profissional, por exemplo, podem causar insônia e dores.

Acupuntura à laser na mão (Divulgação)

“O tratamento da dor é multifatorial e por isso é importante considerar o histórico do paciente na anamnese e agregar outras terapias, como laser acupuntura e técnicas de respiração. Sabemos dos benefícios que alguns padrões respiratórios causam na redução do estresse, mas pouco se discute sobre os efeitos da respiração na redução da dor. Pesquisas indicam ser possível alterar o PH do sangue e melhorar o estado de agitação orgânica causado por reações metabólicas”, pontua o fisioterapeuta.

Segundo ele, um organismo com pouco oxigênio causa irritação e a liberação de um conjunto de substâncias e mediadores químicos que possibilita que a dor se agrave.

Protocolo USP com terapias agregadas

Além dos protocolos desenvolvidos pela USP, o fisioterapeuta modula os aparelhos e insere outras terapias, como técnicas de respiração, acupuntura e orientações quanto ao consumo de água, fatores alimentares, comportamentais, sociais e até encaminhamento psicológico.

“Se dois pacientes chegam com a mesma dor pode haver variação no protocolo de acordo com aquilo que o paciente relata. Na avaliação clínica pergunto como é seu trabalho, suas atividades, seus hábitos de vida, seu sono e sua alimentação. Tudo isso deve ser considerado, pois pode influenciar na manutenção do quadro de dor”, explica o doutor em Saúde Coletiva.

Dentro do protocolo definido pela USP são necessárias dez sessões para sentir os benefícios e o tempo de duração varia de 30 minutos a uma hora, com variações na prescrição do tratamento feita pelo fisioterapeuta após avaliação personalizada. Pacientes que sentem dores crônicas normalmente apresentam mais de uma queixa, por isso em alguns casos o tratamento é feito de maneira global. O intervalo entre as sessões deve ser de 24h a 48h para que ocorra a resposta fisiológica do corpo.

“Temos pacientes de fibromialgia e outros quadros de dor que já relataram melhora na qualidade de vida. Atividades de vida diária como praticar algum esporte, andar, sentar, levantar, dirigir, ou simplesmente pentear o cabelo e segurar um copo são consideradas como grandes vitórias e trabalhamos para que nossos pacientes conquistem qualidade de vida”, explica o fisioterapeuta.

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