Equilíbrio e Filosofia

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"Movimento, aceleração, ritmo, são fatores que influenciam, de forma proporcional, diretamente e às vezes inversamente o nosso equilíbrio" (Pixabay)

Por Alessandro Máximo

Movimento, aceleração, ritmo, são fatores que influenciam, de forma proporcional, diretamente e às vezes inversamente o nosso equilíbrio.

Esse lance de compartilhar com vocês minha vibração de vida passa por experiências e visões muito pessoais, mas não deixa de ser um exercício de doação energética com o desejo de melhor proveito a todos(as).

Desde muito jovem fui um fã de bicicletas, skates e motocicletas, a experimentação de liberdade e o desafio ao equilíbrio sempre foram muito prazerosos para mim. E em um certo momento da vida começaram a fazer parte de uma expressão filosófica. Aproveito a oportunidade aqui para agradecer aos amigos que compartilharam comigo esta senda.

Engraçado é que a aplicação filosófica começou, neste cenário, principalmente com analogias ao equilíbrio e ao “mundo dual” (dia/noite, claro/escuro, certo/errado, etc), e ao tempo dedicado a vencer este desequilíbrio, fazendo o que ludicamente me divertira. Vamos exemplificar: No motociclismo, aparentemente (vamos economizar em leis de física), quanto menor o movimento, mais difícil é o equilíbrio, e o inverso é aparentemente proporcional. Sobre duas rodas, e com fatores como o peso, carga, calibragem, distância entre eixos, condições do terreno, ventos, etc, esses detalhes podem auxiliar, ou prejudicar no equilíbrio. Na vida, assim como nas finanças, ou qualquer outra atividade humana, fui percebendo que o equilíbrio é um fator sempre a ser analisado.

Em alguns casos fica claro que a tendência da natureza é buscar o equilíbrio. Nossa respiração, por exemplo. O movimento de inspirar e expirar, mesmo que façamos esforço para desequilibrar este movimento natural, de alguma forma o nosso organismo compensa. Ainda sim, quando nos exercitamos, ou sofremos algum impacto emocional, alteramos o movimento de respiração mas gradativamente ele vai se reequilibrando novamente. Não que isso seja absoluto, sabemos que por outras disfunções temos desequilíbrio no movimento respiratório. Estamos usando aqui como uma analogia para fazermos uma reflexão sobre o equilíbrio, e sua importância sobre as diversas óticas em nossa vida.

Quem nunca cometeu exageros, não é verdade? E quem nunca passou por fases difíceis, em que você tenta, tenta, e fatores diversos fazem-nos desequilibrar e cair. Mas também eis aqui o presente! O que seria desse exercício se não fossem os fatores que nos desequilibram? Como nos exercitaríamos?

Movimento, aceleração, ritmo, são fatores que influenciam, de forma proporcional, diretamente e às vezes inversamente o nosso equilíbrio. Sentimentos como insegurança, medo, ansiedade, preocupação, nos fazem às vezes ficar paralisados, e às vezes correr em fuga, de forma muito acelerada, aumentando sobremaneira nossos riscos.

Hoje vou terminar com a figura de uma pessoa, experiente, nadando em um ambiente agitado, com correntezas, ondas e fluxos incertos. A importância de manter a calma, um estado psicológico de segurança, foco no objetivo final, manter o ritmo da respiração, do movimento dos braços e das pernas, assim como a coordenação, traduz um cenário da manutenção dos equilíbrios: físico, psicológico e motor. Este cenário pode ser análogo a outros setores de nossas vidas, seja o pessoal, profissional, espiritual, ou outro qualquer. A boa leitura do ambiente, foco, segurança, movimento, aceleração adequada e ritmo proporcional vão aumentar nossas chances de sucesso. Então, avalie, movimente-se, cuide da sua mente, não exagere, e quando possível, aproveite o fluxo.

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Alessandro Máximo de Sousa
Advogado, Empresário, Mestre em Direito, Especialista em Gestão de Aeroportos e Especialista em Análise de Ações e Finanças, sócio da Prata Câmbio.

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