Energia e home office

Fábio Ferreira

Diretor executivo da Potência, profissional com 21 anos de experiência com expertise em Planejamento Estratégico, Emissão de Debêntures, Valuation.
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(Imagem: Pixabay)

A pandemia do Coronavírus tem impactado inúmeros setores, inclusive a demanda de energia. No entanto, com inúmeros trabalhadores no sistema home office, o consumo de energia elétrica do setor residencial tende a aumentar apesar da queda no consumo nos setores industrial, comercial e de transportes.

O aumento do consumo de energia elétrica no setor residencial pode estar relacionado ao maior uso de computadores, televisões e aparelhos de ar condicionado em cidades que o calor predomina. É que também que não apresentam grande mudança de temperatura ao longo do ano.

E se o home office é uma modalidade de trabalho que vai expandir fortemente na próxima década, teremos uma modificação no padrão de equilíbrio do consumo energético, com uma ampliação da carga em residência, sem necessariamente ter uma forte redução nas empresas, pois, em parte, as unidades produtivas estarão atuantes. É uma quebra de paradigma advinda da pandemia e que vai marcar o comportamento social das próximas décadas do mundo – que terá de se preparar para as novas vertentes.

Segundo o levantamento realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), entre 2005 e 2017, o consumo de energia elétrica do setor residencial teve um crescimento de 61%. Um dos motivos do aumento é a participação dos aparelhos de ar condicionado no consumo de energia elétrica passando de 7% para 14% durante o período, se tornando o quarto equipamento que mais consome eletricidade nas residências.

Este é um número, pré-pandemia, que será revisto nos próximos dois anos.

O setor de energia é estratégico para qualquer economia, principalmente, as desenvolvidas, e nesta trajetória e movimento de mudança, exigirá dos players que atuam no setor, um replanejamento para atender demandas novas que virão, não só de consumo, mas todos serviços que envolvem a operação.

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