Nos últimos 2 capítulos fizemos um “briefing” sobre os desafios das empresas familiares e também de sua importância em nosso cenário econômico. Nesse terceiro capítulo, vamos discorrer sobre como essas empresas estão encarando a mudanças rápidas e incertas de um mundo cada vez mais tecnológico.
Segundo dados do IBGE essas empresas movimentam 65% do PIB nacional e representam mais de 70% da empregabilidade do país. Ora, parece informação repetida, mas está claro e devemos sempre evidenciar a importância desse tipo de organização.
Quando falamos em empresas familiares alguns sentimentos estão sempre se evidenciando em nossa cabeça como: não aberta a mudanças, conservadoras, relutantes, inflexíveis, só tem uma visão, etc… O que nos levaria a pensar que um modelo não familiar se sobressairia com folga a esse modelo tradicional. Mas está claramente evidenciado que existe muito empirismo nessa avaliação.
A revista Forbes fez um levantamento recente que em muitos cenários e com várias métricas de desempenho, incluindo empresas de grande porte inovadoras no mundo, uma parcela considerável (mais da metade) daquelas empresas que ainda eram comandadas por grupos familiares tiveram resultados melhores, desmistificando essa questão de que para crescer e inovar tem que alterar a concepção da empresa familiar.
Manter suas tradições e falar em inovação parece duas pessoas que se conhecem há anos pela internet, mas ainda não se encontraram pessoalmente. É desse jeito que essas duas palavras se relacionam no mundo das empresas familiares. Esta dificuldade de abrir as portas para tecnologias e novos modelo de gestão, dificulta a flexibilidade e agilidade destas empresas diante de novas exigências de clientes, fornecedores e consumidores de um modo em geral.
O planejamento estratégico, que serve como guia inicial e ferramenta de apoio, não pode ser encarado como algo burocrático, acessado e discutido por apenas alguns membros e colaboradores chave da empresa familiar, é preciso deixar o sentimento de melhora aflorado na empresa como um todo.
Assim, nesse mercado cada vez mais evolutivo em curto espaço de tempo, não podemos deixar de colocar aqui algumas sugestões que possam contribuir nessa evolução de vossas empresas familiares: a) estimule a sua equipe em diferentes métodos e maneiras a pensar e olhar o negócio diferente; b) Reinvenção é um termo que não podemos deixar nunca de falar dentro das empresas familiares; c) estabeleça metas e monitore resultados, pois tudo que é registrado pode ser monitorado; d) apoie a criação e manutenção do setor de tecnologia e também sempre incentive à inovação; e) despegue do antigo e busque novas soluções para velhos problemas; f) continue acreditando no espírito empreendedor e coloque sempre suas ideias em evidência.