As vendas no comércio varejista de Goiás caíram 15,8% em abril, na comparação com o mês anterior, refletindo os efeitos do isolamento social para controle da pandemia de Covid-19. É o pior resultado desde o início da série histórica, em janeiro de 2000. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (16) pelo IBGE.
Na comparação com abril de 2019, observa-se recuo de 19,6% no volume de vendas do comércio varejista goiano, sendo também o pior resultado da série histórica em Goiás. Com isso, o comércio varejista goiano acumula queda de 6,3% em 2020.
O comércio varejista ampliado goiano (que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção) registrou um recuo de 19,5% em abril de 2020, quando comparado com março de 2020, na série com ajustes sazonais, sendo também o pior resultado da série histórica. Na comparação com abril de 2019, a queda foi ainda mais intensa, -24,1%. Com isso, o volume de vendas do varejo ampliado goiano acumula em 2020 um recuo de 6,3% quando comparado com 2019.
Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram as maiores quedas da série histórica
A diminuição do volume de vendas do varejo goiano (-19,6%) em abril de 2020, frente a abril de 2019, é explicada pela queda de sete das oito atividades pesquisadas. Os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram os de Tecidos, vestuário e calçados (-80,3%), sendo o pior resultado desde o início da série histórica. Em seguida, Livros, jornais, revistas e papelaria (-68,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-57,2%), que também tiveram as maiores quedas da série histórica goiana. Houve queda também no setor de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-46,6%). Móveis e eletrodomésticos e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos apresentaram respectivamente variações de -32,1% e -23,1%, também as maiores quedas da série histórica. Este último, por sua vez, apresentou em Goiás a maior queda do país. Combustíveis e lubrificantes caíram 22,0% em Goiás.
O único setor que apresentou avanço foi o de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,5%), que observa a segunda alta, após cinco meses de quedas consecutivas. A queda na variação mensal do comércio varejista ampliado goiano (-24,1%) se deu principalmente pelo setor de Veículos, motos, partes e peças (-36,2%), cuja queda, apesar de expressiva, foi a menor entre as UFs investigadas. O volume de vendas de Materiais de construção caiu 14,0% em relação a abril de 2019.
Com informações da Agência de Notícias IBGE