Um revestimento especial aplicado em estruturas metálicas nas construções comerciais retarda o colapso em caso de emergência e começa a ser adotado pelos canteiros de obras no Brasil. O uso da proteção retarda o colapso em caso de alguma emergência e oferece mais tempo para que as pessoas evacuarem a área. Em Goiânia, um centro de compras que está sendo edificado na região da Rua 44, no Centro, utiliza este material e inova ao ser o único na Capital que opta por oferecer maior segurança aos consumidores e lojistas.
Primeiro centro de compras planejado da região desde a concepção, o Shopping Gallo terá 24 mil m² de área bruta construída total, na Avenida Contorno com a Avenida Independência, e deve ser inaugurado até setembro deste ano. Serão 5 pavimentos, num total de mais de 500 lojas no local, além de grandes players varejistas, praça de alimentação completa e local de descanso para motoristas e guias. O local também vai oferecer mais de 480 vagas para estacionamento, com área de desembarque para ônibus. Expectativa é que o fluxo médio de público gire em torno de 10 mil pessoas diariamente a partir do seu funcionamento.
De acordo com o engenheiro técnico responsável pela obra, Vinícius Machado Cruz, a proteção aplicada em toda a estrutura metálica do mall vai gerar maior segurança aos clientes. Na obra, além das tradicionais normas de proteção, são aplicados dois tipos de proteção passiva: a argamassa projetada, utilizada nas vigas, e a pintura intumescente, empregada nos pilares e estruturas que ficam aparentes, como no estacionamento. Amplamente utilizado na Europa e Estados Unidos, a pintura possui propriedades que permitem a proteção contra o fogo por até 120 minutos. A durabilidade média da proteção passiva nas pinturas intumescentes gira em torno de seis 6 anos. “Após este período, é preciso fazer o retoque. A função dela é proteger a estrutura contra o calor, fazendo com que esta resista muito mais em caso de incêndio.”
Diretor comercial e superintendente do empreendimento, Célio Abba explica que o material utilizado para o revestimento é importado e foi desenvolvido nos Estados Unidos. “O Shopping Gallo sai na frente na utilização de um inovador sistema de proteção em sua estrutura metálica. O jateamento aplicado em toda a ferragem da obra protege contra altas temperaturas, o que torna nosso empreendimento diferenciado dos demais também no reforço da segurança ao consumidor.”
Custos
O engenheiro Vinícius ressalta que os materiais utilizados para ampliar a segurança dos usuários do novo centro de compras, considerando custo benefício, não são viáveis financeiramente. “São muito caros. Por isso, grande parte das estruturas existentes hoje no país não têm e a maioria das novas edificações nem as utilizam. Nos empreendimentos vizinhos ao Shopping Gallo, até onde vimos, aparentemente nenhum emprega esse tipo de proteção passiva. E não conheço nenhum empreendimento em Goiânia que tenha utilizado”, observa.
Atualmente 200 funcionários estão envolvidos na obra do centro de compras. Até a conclusão do empreendimento, a previsão é chegar a 300 pessoas.
Etapas
As obras do Shopping Gallo estão em ritmo acelerado, com 50% delas já concluídas. A construção iniciou em agosto de 2018 e se encontra na fase estrutural, com concretagem da laje. As próximas etapas envolvem instalações e o forro.
O novo mall oferecerá o maior pé direito para as lojas na região e todas serão entregues com piso em porcelanato, portas de aço no automático e ar condicionado em todo o shopping. Também contará com sistema de iluminação inteligente, uso de energia limpa e central de inteligência, além de atender a Norma Regulamentadora (NR) 10, que assegura a saúde e segurança dos colaboradores que trabalham com instalações e serviços elétricos. O acesso se dará pela Avenidas Contorno e Independência.
Com investimento superior a R$ 100 milhões, o empreendimento da Planalto Malls, empresa do Grupo Planalto, o centro de compras é voltado para o segmento de atacarejo. “Acreditamos que o Shopping Gallo contribuirá com um acréscimo de 20% sobre a receita mensal da região da 44, que atualmente gira em torno de R$ 570 milhões”, pontua Célio Abba.