Em Goiânia, inflação tem maior alta para um mês de março desde o Plano Real

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Combustíveis, principais responsáveis, apresentaram a maior alta desde julho de 2000 e já acumulam 21,8% de aumento no ano (Crédito da imagem: Freepik/wayhomestudio)

Em Goiânia, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março subiu 1,46%, a maior variação para um mês de março desde o início do Plano Real (julho de 1994). Com isso, o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 6,98%.

As informações foram divulgadas hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A nível nacional, o IPCA ficou em 0,93% e acumulado de 6,10% nos últimos 12 meses, ambos inferiores aos índices goianienses.

Todas as dezesseis localidades pesquisadas apresentaram variação positiva. O menor índice foi observado na região metropolitana do Recife (0,62%) e o maior resultado ficou com Goiânia (1,46%).

“Foram aplicados sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre fevereiro e março e isso acabou impactando os preços de venda para o consumidor final nas bombas, e agora o consumidor percebe esse aumento”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

De onde veio a alta?

Em Goiânia, a principal responsável foi a variação mensal do item combustíveis (veículos) subiu 14,33% em março, o que, além de ser a maior alta desde julho de 2000 (14,91%), foi a maior variação entre os locais pesquisados. É um crescimento de 29,65% e no ano 21,80% na capital.

A alta foi devida ao aumento nos preços dos subitens gasolina (13,65%), maior alta desde julho de 2000 (14,83%) e etanol (18,43%), maior variação desde outubro de 2007 (20,42%).

Dos nove grupos pesquisados, cinco apresentaram variações positivas no mês de março na capital goiana, com destaque para os grupos de Transportes (5,65%), a maior alta desde novembro de 2002
(7,68%); Alimentação e bebidas (0,69%); Educação (0,52%); Artigos de
residência (0,38%) e Despesas pessoais (0,23%).

As quedas, no mês de março, ocorreram nos grupos de Habitação (-0,34%); de Vestuário (-0,33%); de Saúde e cuidados pessoais (-0,28%) e de Comunicação (-0,23%) que teve queda apenas em aparelho telefônico (-1,47%).

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