Economistas, empresários e banqueiros: “antes tarde do que nunca”

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Em carta aberta divulgada recentemente, economistas cobram Governo Federal por combate à pandemia. "Antes tarde do que nunca", o executivo Marcos Freitas Pereira analisa a medida (Crédito da imagem: Freepik)

Por Marcos Freitas Pereira

No último final de semana (21), foi divulgada a carta aberta à sociedade referente a medidas de combate à pandemia com o título: “O País exige respeito; a vida necessita de ciência e do bom governo”. Na carta, assinada por 1500 empresários, economistas, empresários e banqueiros alertam para a situação catastrófica do nosso país.

A carta cita o Brasil como o epicentro mundial do Covid-19 com quase 3 mil mortes dia e um total acumulado de 300 mil mortes. Diz ainda que a situação econômica e social é desoladora: queda do PIB de 4,1% em 2020, previsão de queda no 1º. semestre de 2021, enquanto o mundo todo se recupera economicamente, o Brasil vai na contramão. Cita ainda o atraso na vacinação, apenas 5% receberam a 1ª. dose o que nos coloca na 45º. posição no ranking mundial de doses aplicadas por habitantes.

A carta demonstra a apreensão dos economistas, empresários e banqueiros com o momento vivido hoje no nosso país. Outros grupos empresariais que estão se reunindo tÊm dito que a prioridade é a saúde, é combater o vírus, a economia fica para depois.  Apesar de muito tarde, após 300 mil mortes, os empresários resolveram manifestar-se, repudiando as ações de combate ao vírus do governo federal, reconhecendo que chegamos ao limite, “antes tarde do que nunca”, os empresários reagiram e deram o seu recado profundamente.

A carta ainda traz sugestões de medidas indispensáveis de combate à pandemia, tais como:

  1. Acelerar o ritmo de vacinação, aumentando urgente a oferta de vacinas;
  2. Incentivar o uso de máscaras tanto com distribuição gratuita quanto com orientação educativa;
  3. Implementar medidas de distanciamento social no âmbito local com coordenação nacional e
  4. Criar mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional.

As medidas sugeridas pela carta, após um ano de pandemia, deveriam ter sido tomadas e incentivadas desde o início dos primeiros casos de Covid-19, porém, sempre foram negadas, contestadas e repudiadas pelo Presidente da República, o principal responsável por estarmos nessa situação atual.

O atraso de 7 a 8 meses nas compras das vacinas, a negação da doença, a contrariedade no uso da máscara, a contestação do isolamento social, a adoção de medicamentos sem comprovação científica e a falta de liderança no processo de combate à pandemia, resultaram nessas 300 mil mortes, que tendo em vista a demora na vacinação, poderá chegar a 500 mil nos próximos meses.

Dos empresários, a sociedade precisa agora de ação, a compra de vacinas por eles, pelos prefeitos e governadores é a única garantia que o Brasil tem que poderá vacinar toda a população até o final de 2021. Com quase 6 meses de atraso para o resto do mundo, e esse atraso provocará ainda milhares de mortes que podem ser evitadas.

Por fim, lembro-lhes que tenho ocupado esse espaço jornalístico democrático há 1 ano e que desde março de 2020 tenho defendido o isolamento social, as ações de uso de máscara e álcool em gel, além de, criticar as ações do governo federal ao combate ao Covid-19, infelizmente, como diria o ditado “uma andorinha só não faz verão”, porém, agora, são milhares de andorinhas.

Que Deus nos proteja!

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Natural de São Paulo, Marcos Freitas Pereira acumula mais de 25 anos de experiência de mercado. Doze destes anos foram como administrador em cargos de comando na Pousada do Rio Quente Resorts.

Exerceu as funções de Gerente de Orçamento e Finanças, Controller, Diretor Estatutário Administrativo Financeiro e Diretor de Relações com o Mercado. Além disso, dois anos como Diretor Superintendente, principal executivo da empresa. Atualmente atua como Sócio da WAM Brasil.

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